Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança. em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na não de Deus eternamente!
Antero de Quental
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Na mão de Deus
Etiquetas:
Antero de Quental
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário