sábado, 13 de maio de 2006

A contagem das sílabas

Pensa-se que a poesia já existe há muito mais tempo do que a escrita, sendo dessa forma elaborada na mente do poeta, decorada e depois transmtida oralmente. É desta forma que se produzem, por exemplo, muitas das poesias populares.
Para facilitar a criação poética e a memorização das poesias, houve necessidade de recorrer a alguns truques, que tornam a poesia mais harmoniosa e fácil de decorar.
A esses truques, chamamos:
métrica, rima e ritmo.
Eles ajudam a que a poesia se torne mais fácil de compor, sendo ao mesmo tempo harmoniosa, fácil de decorar e difícil de esquecer. Embora a poesia moderna tenha abandonado muitas dessas técnicas, elas são indispensáveis na poesia de modelo tradicional e na poesia popular.
Métrica
Como a música, a poesia deve ter ritmo , para ganhar beleza e tornar-se mais fácil de fixar.
A métrica é um dos elementos do ritmo.
Simplificando, podemos chamar métrica à contagem das sílabas dos versos.
Tradicionalmente, exigia-se que cada verso de uma poesia tivesse igual número de sílabas; esse número variava consoante o tipo de composição poética.
As sílabas métricas ou poéticas não se contam exactamente como as outras:
A contagem, em cada verso, termina na última sílaba tónica;
Se uma palavra acaba em vogal e a seguinte se inicia também com vogal, as duas sílabas contam-se como uma única.
Para contar as sílabas correctamente, é preciso prestar atenção à maneira como se pronuncia cada verso;
Um truque que facilita imenso:
Ao contrário da Matemática,
deve-se contar pelos dedos as sílabas métricas.

Rima
A poesia popular é sempre rimada.
As rimas podem ser:
* Emparelhadas
* Cruzadas
* Interpoladas

Numa rima emparelhada, os versos rimam dois a dois, seguidos (aabb)

Numa rima cruzada, os versos rimam alternadamente (abab).

Numa rima interpolada, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro (abba).


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