quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Como te posso culpar, se é a mim que não perdoo ?

Como te posso culpar, se é a mim que não perdoo ? Como poderia alguma vez saber,
Que um novo dia tudo irá mudar ?
Deste meu caminho me iria perder,
Por um sonho que a visão me irá toldar.

Tenho medo. Vivo em constante pavor !
Sufoco no grande inferno da vida,
Intoxicado pelo meu próprio terror,
Perseguindo uma ilusão perdida.

De repente, sinto um frio de morrer !
Um sonho dourado procurei atingir,
Perdoa. Porque não me posso perdoar ?

Como será que eu me poderei perder,
Se afinal não tenho para onde ir ?
Se a mim não perdoo, como te culpar ?

2010 Vasco de Sousa
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma pedra no fundo do mar

Hoje sou apenas mais uma pedra no fundo do mar Hoje, sou uma pedra no fundo do mar.
Nada ouço, nada sinto e nada vejo.
Esqueço essa dor profunda de amar,
Porque diminuí-la é o meu desejo !

Todos os sons me chegam com mais clareza,
As ondas embalam os meus pensamentos.
O tempo passa… Já nem tenho certeza…
Lá ao longe vão ficando os meus tormentos.

Porque amar será sempre também sofre,
Uma dor que é intensa e tão profunda,
Que me domina, imóvel e moribunda.

Os peixes passam, olham com indiferença,
No meu interior procuro a mudança.
Será o amor uma forma de morrer ?

2010 Vasco de Sousa
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