segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Machado de Assis (1839 - 1908)

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro a 21 de junho de 1839 tendo falecido na mesma cidade a 29 de setembro de 1908. O seu pai, um mulato de nome Francisco José de Assis era pintor de paredes e descendente de escravos, e a sua mãe, uma lavadeira açoriana (da Ilha de São Miguel) de nome Maria Leopoldina Machado.
Machado de Assis, canhoto, era um jovem de saúde frágil, epiléptico e gago. Ficou órfão de mãe muito cedo e também perdeu a irmã mais nova. Não frequentou a escola regular, mas, em 1851, com a morte do pai, a sua madrasta Maria Inês, à época morando no bairro em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contacto com professores e alunos é provável que tenha assistido às aulas enquanto não estava trabalhando.
Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender tornando-se um dos maiores intelectuais do país, ainda muito jovem. Em São Cristóvão, conheceu a senhora Madamme Gallot, francesa e proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de francês, que Machado acabou por falar fluentemente. Também aprendeu inglês, chegando a traduzir poemas deste idioma, e posteriormente estudou alemão, sempre como autodidacta.
Foi poeta, romancista, dramaturgo, contista, jornalista e teatrólogo brasileiro, considerado como o maior nome da literatura brasileira, de forma maioritária entre os estudiosos da área. A sua extensa obra é composta por nove romances e nove peças teatrais, 200 contos, cinco colectâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crónicas. Machado de Assis assumiu cargos públicos ao longo de toda sua vida, passando pelo Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, pelo Ministério do Comércio e pelo Ministério das Obras Públicas.
A obra ficcional de Machado de Assis tendia para o Romantismo na sua primeira fase, mas converteu-se em Realismo na segunda, na qual a sua vocação literária obteve a oportunidade de realizar a primeira narrativa fantástica e o primeiro romance realista brasileiro em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Ainda na segunda fase, Machado produziu obras que mais tarde o colocariam como especialista na literatura em primeira pessoa (como em Dom Casmurro, onde o narrador da obra também é o seu protagonista). Como jornalista, além de repórter, utilizava os periódicos para a publicação de crónicas, nas quais demonstrava a sua visão social, comentando e criticando os costumes da sociedade da época, como também antevendo as mutações tecnológicas que aconteceriam no século XX, tornando-se uma das personalidades que mais popularizou o género no país.
Sonetos de Machado de Assis

Texto adaptado de um artigo da wikipédia.

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