A violeta mais bela que amanhece
no vale, por esmalte da verdura,
com seu pálido lustre e fermosura,
por mais bela, Violante, te obedece.
Perguntas-me porquê? Porque aparece
seu nome em ti e sua cor mais pura;
e estudar em [teu] rosto só procura
tudo quanto em beldade mais florece.
Oh! luminosa flor, oh! Sol mais claro,
único roubador de meu sentido,
não permitas que Amor me seja avaro!
Oh! penetrante seta de Cupido,
que queres? Que te peça, por reparo,
ser, neste vale, Eneias desta Dido?
Luís Vaz de Camões
quinta-feira, 27 de março de 2008
A violeta mais bela que amanhece
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