terça-feira, 29 de abril de 2008

Carícias

Tic-tac do relógio compassadamente,
É o tempo de uma vida que se esgota,
O ruído do mundo, passa a gente,
E na boca, amargo sabor de derrota.

Levanto-me sob a luz do céu estrelado,
A Lua ainda embala sonhos tardios,
Regresso tarde, desiludido e cansado,
De ti relembro alguns gestos fugidios.

Choro em silêncio, perdido na multidão,
Múltiplas caras que aumentam a solidão,
Mal tenho tempo de para ti olhar.

Por todas as carícias que eu não te dei,
Um rumo certeiro que ainda não tracei,
Crescente é a certeza de te amar.

2008 Vasco de Sousa

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