Perdi os meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma…
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma…
– Tantos escolhos! Quem podia vê-los?
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi minha taça, o meu anel,
a minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de oiro e pedrarias…
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas…
Sobre o meu coração pesam montanhas…
Olho assombrada as minhas mãos vazias…
Florbela Espanca em Charneca em Flor
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
IX
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Florbela Espanca
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