segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vamos lá a ver se percebi o espírito da coisa …

… O oximoro torna-se característico de uma personalidade ferida,
mas resistente, sofredora, e, mesmo assim,
contente por ainda esperar.
… A vida não é uma história…
… O sentimento é uma emoção provocada por uma representação
dependente do que ficou historicizado na nossa memória…
… A historicização é um processo que sara o que é necessário …
… A resiliência existe, tem uma forma e um preço…
… Então não tenho com que me preocupar…
… como exponho os meus segredos…
… suporto as minhas tristezas fazendo delas uma história…
… como as minhas confidências adquirem entre nós
O valor de uma relação…
… transformei a provação partilhada… (ai como gostava de o ter provado!!!)
… numa compreensão ilusória…
… e a essa ilusão dei o nome de amor…
… assim sendo fico mais tranquila porque…
Afinal andei a fazer tricô com as minhas supostas…
… substituições de género individual e dualista…
Quando bastava accionar a mola impulsionadora…
Lambendo as minhas feridas! (Ficava tudo limpinho…)
Declaro-me destituída desse sentimento que julgava
Sentir por ti e ao qual historiando apelidei de Amor.
… Pronto fiquei com a casa (e a paixoneta) toda arrumadinha!

2011 Olinda Ribeiro

36 comentários:

Acácio Almada disse...

Não estou habituado a estes textos vindo da sua parte.
Porém agrada-me a ideia de curar as suas feridas através da poesia, embora este texto não se enquadre no género poético, tem muito valor e até me dá que pensar.
Um abraço

Acácio Almada

António Prata disse...

Olinda mas que raio de poesia é esta?
cá para mim caiu nalgum poço fundo, e agora ficou a bater nas teclas da psicologia...........
mas deixe que lhe diga que o que escreveu não é assim tão estapafúrdio, pelo contrário, tudo faz muito sentido, e acredite ou não é através destes exercícios que muitas vezes conseguimos resolver situações pendentes.
Boa sorte na caminhada.

António Prata

Alberta Góis disse...

Oh Olindinha querida, até me engasguei com o cafézinho.... que será que está na sua cabecinha? estou assim que um pouco mais ao menos a pensar se a Olindinha anda a ler coisas meias esquisofrénicas...
ou lá o que lhe queira chamar.
Até percebo tudinho o que escreveu, mas faça-me a vontade e mande lá um poemazinho doce daqueles que tanto gosto.
Um beijinho mas sem estas esquisitices.

Alberta Góis

Gil Alves Macedo disse...

Boa tarde Olinda, as minhas férias até estão a correr bem, e a sua poesia até tem sido um dos momentos mais apreciados, pois posso ler e reler sem pressas e descobrir nos poemas antigos pensamentos e emoções diferentes.
Mas este texto????
Está completamente fora do meu contexto!
Nem é por ser de difícil entendimento porque não o é, é mais porque gosto mesmo da sua poesia, e não me está a apetecer fazer a ligação entre coisas tão do fôro psicológico, e gostava muito que mandasse um dos seus maravilhosos sonetos que se enquadram melhor no meu lazer.
Um abraço

Gil Alves Macedo

Maria Luísa Salgueiro disse...

Olá Olinda,
Já me tinha apercebido que anda a fazer umas incursões na chamada área psicológica, fico muito agradada pois "pensar" nunca fez mal a ninguém, e a Olinda pensa muito e bem, e a parte melhor é que partilha tudo connosco.
muito bom, espero que continue assim, porque esta é uma área que me interessa bastante.
Bjs

M. L. Salgueiro

Vasco Sotto Salgado disse...

Boa noite estimada Olinda, muitos parabéns por este excelente e magnífico trabalho, fecundar este espaço, com outros pensamentos, faz com que nasça a obra perfeita.


Vasco Sotto Salgado

Carlota Rodrigues Nogueira disse...

Confraternizar neste espaço, é sempre uma mais valia, parabéns ao
anfitrião e á autora deste delinear de transformações descritivas.
Muito interessante.

Carlota Nogueira

Marta e Francisco Paes Linhares disse...

Estimada sra,

Hoje com a chegada deste tesouro, recebemos a dádiva de nos compreendermos melhor individualmente,logo, também interagimos mais diversificadamente com os nossos Eus.
Muito se pode aprender e compreender quando nos prestamos a isso.
Boa noite e muito obrigado.

Marta e Francisco

Alvaro Santos disse...

Boa noite Dª Olinda

Muito obrigado por descrever tão bem "O Espírito da Coisa" também vou dormir levezinho, porque incinerei alguns esqueletos que tenho guardados há já muitos anos.
O mais fantástico é que nem sabia que os guardava tão superficialmente!
Como diz e muito bem, fico todo mais arrumadinho.

Alvaro Santos

Mariazinha disse...

Minha estimada amiga e é assim que estou a aprender a ser feliz!
bjs


Mariazinha

José Manuel Antunes disse...

Minha querida poetiza, eu sou franco,
não estava a perceber muito bem esta sua escrita, confesso até que me estava a fazer confusão, Felizmente o meu filho mais velho gostou tanto dos seus últimos trabalhos que nos sentamos a conversar sobre eles, Este
momento de partilha e entendimento, abriu a minha percepção e tenho agora um outro olhar sobre o que escreve, sobre a sua pessoa, e fundamentalmente sobre o facto de nos ter proporcionado a mim e ao meu filho esta proximidade.

..... e como dizem alguns leitores.... beijinhos e abraços e tudo o mais ....que a Dª Olinda tem mesmo direito a tudo.

J. M. Antunes

Anabela Pina disse...

Nesta noite vai acontecer um novo rumo, o rumo de remar convictamente a favor da maré, e porque a Olinda com muito contribui, também muito lhe agradeço.

um beijinho

Anabela Pina

Maria Costa disse...

Ainda agora aqui cheguei e já estou toda prontinha para seguir viagem...

Está a ficar cada vez mais interessante viajar neste espaço.

Maria Costa

Tereza Assis Macedo disse...

Boa noite querida Olinda, esta honra é toda minha, porque como gosto do sabor das "coisas" novas, este trabalho deixa-me completamente cheia de mim.
Muito obrigadinha por este delicioso
presente.

Tereza Assis Macedo

Anónimo disse...

Ora então muito bem, a nossa menina anda aqui a levantar o moral das tropas.... fica-lhe bem sim sra, até porque pelo que me é dado ler as tropas estão muito satisfeitas.
Eu também estou satisfeito.
E é por estas e outras razões que me mantenho anónimo.

Anónimo muito assíduo

Santos Onório disse...

Prezada e magnifica poetiza, também eu se me permite a ousadia a vou tratar por muito querida Olinda, é que é mesmo uma querida, tudo quanto leio escrito por si revela-se para mim como que um aconchegar a minha alma ao meu coração, o bom é que mentalmente me sinto cada vez mais unificado. E se por vezes me sentir mais depressivo, sei que posso contar com a sua ajuda para me "curar".
Felizmente o Vasco de Sousa teve o bom gosto de publicar a sua obra.
Concordo plenamente com quem diz que os dois fazem uma dupla extraordinária. Tanto mais que só interagem neste espaço. Realmente provam que basta um clique e tudo se transforma em crescimento.
Parabéns para os dois.

Santos Onório

Ana Rita Sarmento disse...

Até quando vais ser capaz de manter a tua alma e o teu coração com este
trepidante expressivo comboio em direcção ao interior de ti? cheio de todos estes passageiros que contigo querem viajar?
Como é possível pensar que és fraca quando provas com o que escreves que és um rochedo?!
O que mais me surpreende, é que estou contigo várias vezes por semana, e nunca falas deste espaço.
E quando eu te falo deste espaço, dás um sorriso imperceptível, como se não soubesses do que estou a falar. Já percebi que aqui é como se fosse a tua casa ou o teu santuário, e que tratas a todos como queres ser tratada, mas eu sou tua amiga, e gosto muito de ti, podias ao menos tagarelar um pouco sobre a tua poesia, sinto que preciso de falar aqui contigo para que tu saibas que realmente és muito importante para todos nós.
É só um desabafo ....
É impossível não te apreciar enquanto pessoa e enquanto poetiza.
Um grande beijinho.

Ana Rita Sarmento

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Estimada Olinda

ao ler este espantoso "poema" eu assim o considero, tenho a sensação que aterrei no céu azul das mais maravilhosas emoções.

Adorei

Lucas Caeiro disse...

Imagine-se bem o que encontramos neste espaço! Absolutamente incrível!
E o facto de podemos calcorrear trilhos e percursos tão diferentes mas apreciar o percurso de cada um, faz com que a coerência e o comportamento sejam mais homogéneos ao mesmo tempo libertadores.
São estes encontros imediatos, e esta abertura ao pensamento do outro que nos aprofunda nos nossos próprios pensamentos e sinto que crescemos tanto individualmente como no colectivo.
De facto não estamos a mudar só o nosso interior, mas sim uma cultura.
Bom dia para todos nós, mas um agradecimento muito especial para a Olinda, que é o elo de crescimento, e ao Vasco de Sousa que faz de elo de ligação.

Lucas Caeiro

Anónimo disse...

gosto mesmo de tudo o que escreve, sinto uma empatia extraordinária, mantém com quem a lê um leque aberto a todas as emoções, e não receia os julgamentos, acho fantástica a forma como coloca as questões, dá-nos a sua resposta, mas propõe que também que oiçamos as nossas respostas.

Lino

Victor Gonçalves disse...

Espero sempre emocionar-me com o que a Olinda escreve, agora também aprendo a questionar-me...
Um bom abraço

Lurdes Almeida Perestrêlo disse...

A Olinda, minha querida, tem o "defeito" de perceber as coisas bem demais....
....felizmente para mim!

um beijo que é bem merecido

Lurdes Almeida Perestrêlo

Antónia Matos Neves disse...

Aqui até já me sinto mais segura.
Vamos aprendendo rápidamente, mas com estabilidade.
Está excelentemente bem escrito e muito inteligível.
Este texto é indelével.

Antónia Matos Neves

Anónimo disse...

Vamos dormir boa noite aos pais aos irmãos e aos avós, boa noite Olinda durma bem que aqui tudo está muito perceptível.

Anónimo Assumido

Leonardo Brito disse...

A Olinda percebe o espírito de toda a essência, até acredito que tem muita fé no Divino Espírito Santo, pois esta oralidade é um fruto da oração, a orar com esta entrega, permite a quem assim o entender que os caminhos interiores se fazem com muita Fé.

Leonardo Brito

Miguel Lemos disse...

Boa tarde

A ironia está em que quando ia ao psicólogo e apesar de ser muito cumpridor, não via resultados, agora que leio a sua poesia e os seus desenvolvimentos, a transformação acontece naturalmente, consigo entender melhor a minha posição, e a estrada que tenho para palmilhar, sem que isso me cause desconforto.

Muito obrigado por me ajudar.


Miguel Lemos

Maria disse...

Está tudo muito bem esclarecido...
até eu fiquei sem dúvidas....
muito obrigada

Luís Grillo disse...

muito bem explicadinho, até um homem consegue entender palavra a palvra

Luís Grillo

Zézinho disse...

percebe-se lindamente tudo o que a sra escreve porque a sua escritura é muito do coração e a sra é muito intensa nas coisas que sente

Zézinho

Beatriz Simões de Almeida disse...

Continuo a achar que se atreve por caminhos muito sinuosos, mas também me apercebo que os leitores (pelo menos os que aqui comentam) sabem pensar por eles próprios, estou até muito surpreendida com a causa/efeito
que desperta na mente de quem a lê.
O impacto é demonstrativo do quanto a apreciam e consideram.

Beatriz Simões de Almeida

Mário Rodrigues de Sá disse...

Boa noite Olinda Ribeiro

Soberbamente bem escrito, a sua fácil dicção dirige-nos em direcção ao mundo das nossas descobertas, a incisão assertiva desperta-nos da dormência a que muitas vezes propositadamente nos votamos.

Hugo Santiago disse...

Bom dia espirituosa Olinda,

palavra que me deixa mesmo muito agradavelmente imbuído do grande espírito da combatividade contra a depressão, aqui a crise nem se atreve a bater á porta.
felizmente faço parte do seu grupo de elite.

Hugo Santiago

B. Magalhães disse...

As coisas que a estimada Olinda
desbrava, tornam a nossa mente mais propicias a florescer. Gosto disso.

Um abraço

B. Magalhães

Marina Salema disse...

Eu cá por mim fiquei numa onda de esclarecimento, que até as minhas picuinhices parecem uma parvoíce sem eira nem beira, e não é que até me sinto mais leve....


Marina Salema

Mariazinha disse...

Mas está tudo tão bem arrumadinho que tudo está no seu devido lugar, até eu sacudi o pó a mim mesma.

Mariazinha

Maria Rodrigues disse...

Se é tudo como diz, então como é que sabemos se os nossos sentimentos são reais?

Maria Rodrigues