domingo, 17 de julho de 2011

Companheira na vida

Entre o aqui e o agora, estava eu a pensar,
O que entre o aqui e agora se estava a passar.
Sorrindo egoística deixei-me embalar,
pelo som das palavras na mente a brotar.

Bailei… baloiçei… com o pensamento,
Escutei, deduzi, entreguei-me ao momento,
Sorri e chorei sem espaço nem tempo,
Voei simplesmente nas asas do vento.

Tudo se resume a estar aqui…
A gozar sensações que sinto ou senti,
Sem nostalgia do que ganhei ou perdi.

Companheira de mim serei toda a vida.
Quer esteja aqui… lá… ou esquecida,
Serei sempre eu, encontrada ou perdida!

2011 Olinda Ribeiro

47 comentários:

B. Magalhães disse...

Bom dia, estou em muito boa companhia, este soneto é muito esclarecedor, está na simetria perfeita. Excelente!
Muito obrigado cara Olinda.

Um abraço

B. Magalhães

Santos Onório disse...

Bom dia estimada Olinda, existe uma forte razão para que a individualidade seja conjugada através da 1ª pessoa, sem essa premissa, não se pode vivenciar experiências e depois reproduzi-las encaminhado-as para o colectivo. A forma como o colectivo a recebe e vivencia, já tem que ver com o modo de cada um a receber.
Este soneto É a 1ª pessoa mais completa e bela que já li.
Obrigado por Partilhar.

Santos Onório

Alberta Góis disse...

Olindinha é mesmo assim, posso sempre acompanhar-me e se puser um sorriso...
então o mundo é todo meu.
E então também posso dar mais de mim a quem amo!

Alberta Góis

Carolina Melo Menezes disse...

Muito obrigada por me mostrar que nunca mais estarei solitária! Que eu também sei ser uma óptima companheira para mim.
A Olinda é um ser humano fora de série!
Obrigada

Carolina Melo Menezes

Gil Alves Macedo disse...

Ler um soneto seu é pura emoção!
Tudo o que escreve é para mim uma viagem através de todos os sentidos!
Muito obrigado
Um abraço

Gil Alves Macedo

Maria Luísa Salgueiro disse...

Estou num mundo mágico, e muito bem acompanhada.
Quando a li pela primeira vez estava longe de pensar que me ia descobrindo e surpreendendo pelo caminho da poesia.
Obrigada Olinda.
Um grande beijinho

M. L. Salgueiro

Luís Grillo disse...

Aqui e agora passou um furacão que me arrebatou até ao âmago da minha existência.
Olinda muitíssimo obrigado.


Luís Grillo

Anónimo disse...

Bonito, verdadeiro e muito sábio!
É um soneto vivo!


Lino

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Muito, mas mesmo muito Agradecido fico, por me relembrar que estar comigo, não é igual a estar enclausurado na solidão.
Fantástico este soneto!

Antónia Matos Neves disse...

Belíssimo este poema!
A minha amiga tem o dom de colorir até
a tristeza mais negra.
Beijos e Bem haja

Antónia Matos Neves

Júlio Bastos D´Orey disse...

E continuando na linha anterior... agradeço mais este soneto espectacular que nos faz companhia para além do imaginável.

Júlio D´Orey

Joana Fernandes disse...

Boa tarde Olinda minha estimada poetiza, que soneto cheio de alma, que virtuosismo, e que simplicidade.
Muitos beijinhos e muito obrigada.

Joana Fernandes

Isabel Dória Andrade disse...

Não sei sequer descrever o que sinto.
É uma emoção indiscritivel.


Isabel Dória Andrade

Helena Ribeiro Telles disse...

Confirmo! Sempre fui a minha melhor companheira!

Helena Telles

Leonardo Brito disse...

Olá Dª Olinda,

É óptimo, quando, sem menosprezar, a importância dos outros, nos bastamos a nós. Este soneto marca a sua estoicidade.
Traduzir de forma tão sensitiva a flexibilidade de todas as vivências ao pensamento, viajando através das emoções, é evidente que está mesmo entregue ao momento!
Excelente.

Leonardo Brito

Mariazinha disse...

.... e ainda por cima em dose dupla...
ai companheira que estou mesmo no paraíso!....

Tereza Assis Macedo disse...

Minha muito querida amiga poetiza, este SONETO deixou-me completamente em estado de sitio, nem consigo perceber o que me aconteceu.
Olinda Ribeiro... a melhor companheira
na vida de poesia.
Bjs muitos bjs

... e muito obrigada


Tereza Assis Macedo

José Manuel Antunes disse...

A Olinda hoje está com tudo. Estes sonetos deixam um homem de cara lavada,
e rabinho entre as pernas, confirmo que as mulheres de frágeis não têm nada. São mesmo muito fortes! E Deus criou a mulher!.... Ventura a nossa porque as podemos amar.
Muitos parabéns.

J. M. Antunes

Victor Gonçalves disse...

Boa noite,

Olinda, uma pergunta impõe-se:
Entre o aqui e o agora o que é que a fez acontecer para escrever da maneira que escreve?
Parece ter a sabedoria própria de quem
nasceu ao mesmo tempo que o mundo, mas se sei fazer contas só tem 54 anos...o mundo só tem provavelmente, uns milhões de anos a mais...o que comparativamente é como se ainda não tivesse nascido... nem daqui por muitos anos...Então qual é o seu segredo?

Victor Gonçalves

Beatriz Simões de Almeida disse...

Agora é um prazer e uma necessidade ler e apreciar a sua poesia e o seu companheirismo.

Beatriz

Carlota Rodrigues Nogueira disse...

Voei simplesmente nas asas do vento...
A gozar sensações que sinto ou senti...

Está tudo dito... e muito bem!

Carlota Rodrigues Nogueira

Sargento Ferreira disse...

A sra desculpe que lhe diga mas tem que ir mais devagarinho... que um homem mal se aguenta, o coração dispara
e até fico todo tonto.
Quem fica perdido sou eu no meio de tantas comoções.

Sargento Ferreira

Anónimo disse...

Palavras sábias, adquiridas com o suor de quem percorre caminhos muito tortuosos.
Bebi cada palavra e registei a mensagem
bem no meu diário das memórias.

Anónimo Assumido

Anónimo disse...

A nossa construção diária, faz com que este portentoso soneto seja ainda mais potencializador do Eu Superior.
Grande Mulher que transcende e passa tudo o que sabe para a Poetiza.
Fenomenal.

Anónimo Assumido

Lucas Caeiro disse...

Bom dia cara poetiza Olinda,

Parece um soneto muito bonito (é muito bonito direi mesmo lindíssimo), mas de facto é a sua simplicidade e argumento que nos envolve profundamente.
Um abraço

Lucas Caeiro

Paulo Sousa disse...

Mas que rico pequeno almoço.
Parabéns por não se deixar intimidar pela solidão, e muitos parabéns por saber acarinhar momentos decisivos que sendo tão frustrantes nos desequilibram e fazem recuar no caminho.
Muito bom

Paulo Sousa

Anónimo disse...

Bom dia ... mas que melhor companheira poderia a Olinda desejar? até eu a tenho como companheira diária, todos os dias leio uma coisinha sua, é que para mim a Olinda é tipo Centrum de A a Z........
Muito obrigada e muitos beijinhos

Anónima Reconhecida

Acácio Almada disse...

Continuo mudo de espanto!
Adorei estes 2 Sonetos que me enchem de mundo e de satisfação.

Acácio Almada

Alexandra Monteiro De Barros disse...

Ai minha Olinda, poetiza que me enleva e faz sonhar, eu que sou uma mulher muito feliz e sortuda, fico a matutar na profundidade deste soneto.
Beijos

Alexandra Barros

Maria Emília Gameiro disse...

Ai eu não digo mais nada, não digo mais nada não. Não quero tornar-me ridícula, porque na minha idade já só sentimos que tudo é uma passagem. Mas sei que todos temos uma vida para viver.
Um grande beijinho

Maria Emília Gameiro

Anabela Pina disse...

Quando a alma sente a mão sábiamente escreve.

bj

Anabela Pina

Hugo Santiago disse...

Quantas vezes no meio da multidão estamos solitários, quantas vezes no meio de amigos a solidão grita, quantas vezes ao estarmos sós a companhia é grata.

Um abraço

Hugo Santiago

Maria Costa disse...

Por tudo o que me dá com a sua poesia, só posso ser uma pessoa muito agradecida, e somos mesmos companheiros da nossa vida, oxalá tenhamos sempre o bom senso de nos acarinharmos.
Bjs

Maria Costa

Mário Rodrigues de Sá disse...

Lendo este soneto atentamente concluo que tem mesmo muita razão.
Por mim agradeço.

Tomás de Medeiros disse...

Olinda Ribeiro....tem uma varinha mágica!
Agradeço por egoísticamente ter a sapiência de ser uma boa companheira.
Um grande abraço

Tomás de Medeiros

Dário Santareno disse...

Feliz sou por a Olinda Ribeiro se acompanhar tão bem a si própria, pois de que outra forma me brindaria com a sua Poesia.

Dário Santareno

Vasco Sotto Salgado disse...

O Soneto está igualzinho a si!
Espectacular.

Zézinho disse...

é muito bom termos uma companhia na vida porque estar sózinho é uma tristeza muito grande e faz muito mal ao coração e até passa coisas muito ruins pela cabeça a sra percebe mesmo muito destes sentimentos e nós gostamos muito de ler a sua poesia

um abraço

Zézinho

Delfina Lonte Freitas disse...

A Olinda tem apetite por viver a vida em pleno. E se tem sede de conhecimento
fácilmente recebe informação e a transforma em Conhecimento.
Muito sagaz.

Delfina Lonte Freitas

Eduardo Cunha Rêgo disse...

Olinda estes seus últimos sonetos tem em mim efeitos muito aprazíveis, identifico completamente a sincronia harmoniosa e a certeza que a felicidade é tangível.

Eduardo Cunha Rêgo

Alexandre Arouca disse...

Ao meus 40 anos aprendo que serei um eterno aprendiz da minha existência, tenho que me impor regras que me permitam apreender o que é descartável, e o que é para armazenar, porque a informação é por demais preciosa para ser desperdiçada.

Alexandre Arouca

Luis Vaz disse...

Exma Sra Dª Olinda Ribeiro

- A vida que brota da sua poesia é uma constante extensão do garboso estado de
alma que muito sente.
Por tudo o que me dá, eu só posso dizer que a minha gratidão é a minha melhor oferenda.
Muito bem haja.

Atenciosamente

Luís Vaz

Maria Manuel Rebelo Cintra disse...

E será muito bom perceber que este soneto já nasceu na Olinda aquando do seu Nascimento físico... simplesmente
com a sabedoria que as experiências lhe
incutiram chegou aqui e disse o que já tinha como verdade inegável.
"O crescimento acontece quando tomamos
consciência que estamos a crescer...!"
esta frase é da autoria da Olinda.

Maria Manuel Rebelo Cintra

Jonny disse...

compreendo mas comigo resulta mais se estiver acompanhado... talvez daqui a uns anitos eu já pense diferente

Jonny

António Vasco Guedes disse...

A melhor maneira de nos conhecermos!


António Vasco Guedes

carla montenegro disse...

lindíssimo soneto e uma boa tese para eu me sentir menos solitária o bom de nos amarmos é que também descobrimos quem somos

carla montenegro

João disse...

Ora aqui está uma excelente solução!
A Olinda é formidável!

João