quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Olhar suspenso de um gesto

Olhar suspenso de um gesto,
Vagueando perdida por ruelas,
Busco-te em cada beco,
E não encontro saída,
Nem placas de informação.

Altiva renego o que sinto,
Saudades matam e moem,
Lágrimas luzentes,
Infestam-me os olhos,
Nas sombras da escuridão.

Já não me aparto da dor,
Esqueço por completo,
A lógica da loucura,
Que amar é ser insano,
E ignorar o factor razão.

Mas quem de amor padecer,
Tem doença sem esperança,
Que esse mal só alastra,
Derruba o mais resistente,
E corrói o coração.

Mas quem pode resistir,
Se o amor é como a água,
Sem ela não há vida,
Sem amor,
Não há paixão.

Olinda Ribeiro

13 comentários:

José Manuel Antunes disse...

A comoção é tal que fico sem palavras.


J. M. Antunes

Zézinho disse...

mas é mesmo bom e bonito

Zézinho

Leonardo Brito disse...

Arrebatador.

Tenho que dar os parabéns ao autor do blog (muito bom poeta) por introduzir outros textos poéticos sem ser formatados em soneto.
Fica muito mais rico e também podemos ter uma maior diversidade de poesia.


Leonardo Brito

Alvaro Santos disse...

A Olinda é uma caixinha de surpresas.
Adorei.


Alvaro santos

Alberta Góis disse...

Ai Olindinha a menina tira-me do sério!


Alberta Góis

Antónia Matos Neves disse...

Suspensa deixa-me a Olinda com estas maravilhas que escreve.

Gil Alves Macedo disse...

Novíssimos requintes.

Gil Alves Macedo

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Esta cena é um bocado triste,
estou a ler estas palavras e sinto um aperto na garganta.
nem entendo porquê, mas até acho que gosto disto.

Joana Fernandes disse...

poesias diferentes?
mas a Olinda espanta-me.
espectacular



Joana Fernandes

B. Magalhães disse...

simplesmente maravilhoso.
A Olinda arrepia-me.
Parece que Lê a nossa alma.

B. Magalhães

Tereza Assis Macedo disse...

Minha querida amiga!
Mas minha querida amiga,
tira-me completamente o fôlego.
Mas quem lhe pode resistir? pergunto eu.


Tereza Assis Macedo

Luis Vaz disse...

Marcadamente intenso, sem perder a qualidade a que já nos habituou.


Luís Vaz

Alexandra Monteiro De Barros disse...

Verdadeiramente intenso e realista.


Alexandra Barros