Cansei-me de tentar o teu segredo:
No teu olhar sem cor, - frio escalpelo,
O meu olhar quebrei, a debatê-lo,
Como a onda na crista dum rochedo.
Segredo dessa alma e meu degredo
E minha obsessão! Para bebê-lo
Fui teu lábio oscular, num pesadelo,
Por noites de pavor, cheio de medo.
E o meu ósculo ardente, alucinado,
Esfriou sobre o mármore correto
Desse entreaberto lábio gelado...
Desse lábio de mármore, discreto,
Severo como um túmulo fechado,
Sereno como um pélago quieto.
Camilo Pessanha
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Estátua
Etiquetas:
Camilo Pessanha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentários:
mas ninguém gostou deste? parece ser assim um bocado tipo século passado, mas até nem desgostei.
Enviar um comentário