terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Divina

Eu não busco saber o inevitável
Das espirais da tua vi matéria.
Não quero cogitar da paz funérea
Que envolve todo o ser inconsolável.

Bem sei que no teu circulo maleável
De vida transitória e mágoa seria
Há manchas dessa orgânica miséria
Do mundo contingente , imponderável .

Mas o que eu amo no teu ser obscuro
E o evangélico mistério puro
Do sacrifício que te torna heroína.

São certos raios da tu'alma ansiosa
E certa luz misericordiosa,
E certa auréola que te fez divina!

Cruz e Souza

1 comentários:

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

mas esta poesia já é antiga, o modo de escrever é mais lá século 19

mas também consigo perceber o que ele quer dizer