domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cumplicidade

Sinto que esta deliciosa cumplicidade é a chave de toda a nossa marivilhosa relaçãoLongos são os dias que lentamente passam…
Grande é o rebuliço do dia-a-dia,
Por vezes sinto que as minhas forças fracassam,
Envolto numa estranha melancolia.

É nesses dias que me sinto despertar,
Quando sinto por perto a tua presença,
Quando trocamos um sorriso, um olhar,
Porque és tu que fazes toda a diferença.

Apenas porque, tão bem nos sintonizamos,
Quando tens qualquer coisa para dizer,
Parece que a consigo já adivinhar.

Somos cúmplices naquilo de que gostamos,
Os teus pensamentos quase que posso ler,
E para mim isso significa amar.

2011 Vasco de Sousa

Os direitos da imagem pertencem ao seu autor.

14 comentários:

Leonardo Brito disse...

Vasco Sousa;
Se me permite uma sugestão,
... Cumplicidade é um soneto profundo e tem tudo para resultar, mas perde-se...
o que é uma pena, verifiquei que é na 2º quadra que precisa mais de si, pois tanto a 1º quadra, quanto os 2 tercetos estão excelentes.
Claro que esta é somente a minha modesta opinião. Espero que não me ache desagradável nem pretensioso, apenas acho que o seu talento merece ser mais apreciado.

Leonardo Brito

Maria Luísa Salgueiro disse...

Gosto de ler os seus poemas,
e compreendo o que quer dizer,
mas tem aqui qualquer QUÊ....
Nota-se que gosta muito de poesia, mas fico com a impressão que quando a escreve nem sempre se deixa levar pelo seu instinto e perde a espontaneidade. Ainda agora li "my secret place e fiquei deslumbrada pois está completamente recheado do seu Eu.

M. L. Salgueiro

Vasco de Sousa disse...

Agradeço todos os comentários e aceito humildemente críticas e opiniões. E por favor, sintam-se à vontade em as expressar.
Irei pensar numa alternativa a esta segunda quadra. Talvez a ligação entre o início e o final se perca um pouco.

Obrigado pelas vossas leituras sempre atentas

Vasco Sousa

Vasco de Sousa disse...

Analisei a quadra e inseri algumas alterações. Efectivamente não traduzia aquilo que pretendia tranmitir. O facto de haver limitações na rima e número de sílabas, por vezes condiciona o que pretendemos tranmitir.

Leonardo Brito disse...

Parabéns meu amigo, agora sim o soneto ganhou alma.

Não se preocupe tanto com a rima ou as sílabas....
A verdadeira poesia não se condiciona... liberta-se.

Leonardo Brito

Luis Vaz disse...

Constato que neste soneto existe uma parte de si que me parecia adormecida.
Parabéns pelo excelente despertar...


Luís vaz

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

pois é uma coisa que eu aprecio muito é a cumplicidade entre um casal

Tereza Assis Macedo disse...

Esta cumplicidade até maravilha quem a lê.


Tereza Assis Macedo

Zézinho disse...

Gosto mesmo muito deste poema



Zézinho

José Manuel Antunes disse...

Vasco Sousa

Esta cumplicidade é de facto amar.

J. M. Antunes

B. Magalhães disse...

Muito me apraz esta cumplicidade.
Bonito soneto.


B. Magalhães

Olinda Ribeiro disse...

Mas que bom!
O Vasco Sousa lembra uma fénix.
parabéns pelo reacender da chama.


Olinda Ribeiro

Carlos Augusto disse...

Gosto mesmo muito da sua poesia, sempre que posso dou uma espreitadela em todas as páginas do seu blog, não tenho por hábito fazer comentários.
Peço desculpa, pois sem ser intencionalmente, enviei um comentário com o nome errado, (vim a Lisboa por uns dias) e aqui a minha amiguinha deixou que eu utilizasse o compt. Como é o caso neste instante.
Se por acaso lhe causei algum embaraço, apresento as minhas desculpas.

Carlos Augusto

Anónimo disse...

curto boé a foto, e este poema escrito por um homem, até me deixa assim um bocado aturdido, é que não estou a v~er-me com coragem pra escrever assim o que cá vai dentro.
este homem é muito corajoso.