sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sofrimento passivo


Por vezes, sofremos, mesmo sem o saber,
Uma angústia que não queremos admitir,
Talvez simplesmente por não o querer.
É bem mais fácil da verdade fugir.

Queremos pensar que tudo está bem,
Mostrar, acreditar, num falso bem estar.
Isso nada resolve. Tal como uma nuvem
Que tímida, o sol procura tapar.

Temos que fechar os olhos ao mundo,
Esquecer o que se passa em redor,
Olhar para o nosso interior.

Revirar a caixa das memórias até ao fundo,
Procurar bem a ferida dentro da alma,
Pois só assim encontraremos a calma.

2011 Vasco de Sousa

4 comentários:

Helena Ribeiro Telles disse...

Igualitário------

Helena Telles

Maria Luísa Salgueiro disse...

Este soneto parece-me ser no seguimento do anterior, aliás completam-se. Penso ser este o seu objectivo....

um abraço

M. L. Salgueiro

B. Magalhães disse...

Vasco de Sousa não me levo a mal, mas comentar o que já todos percebemos é um bocado seca, pois já concluímos que está no rescaldo do verão a sacudir a areia da praia...

Um abraço

B. Magalhães

Leonardo Brito disse...

Vasco faço minhas as palavras dos leitores...
Esperamos por si