Por vezes, sofremos, mesmo sem o saber,
Uma angústia que não queremos admitir,
Talvez simplesmente por não o querer.
É bem mais fácil da verdade fugir.
Queremos pensar que tudo está bem,
Mostrar, acreditar, num falso bem estar.
Isso nada resolve. Tal como uma nuvem
Que tímida, o sol procura tapar.
Temos que fechar os olhos ao mundo,
Esquecer o que se passa em redor,
Olhar para o nosso interior.
Revirar a caixa das memórias até ao fundo,
Procurar bem a ferida dentro da alma,
Pois só assim encontraremos a calma.
2011 Vasco de Sousa
4 comentários:
Igualitário------
Helena Telles
Este soneto parece-me ser no seguimento do anterior, aliás completam-se. Penso ser este o seu objectivo....
um abraço
M. L. Salgueiro
Vasco de Sousa não me levo a mal, mas comentar o que já todos percebemos é um bocado seca, pois já concluímos que está no rescaldo do verão a sacudir a areia da praia...
Um abraço
B. Magalhães
Vasco faço minhas as palavras dos leitores...
Esperamos por si
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