segunda-feira, 19 de maio de 2008

Todas as palavras que não mais te direi

Estrangulam-se na minha garganta, todas as palavras que não mais te direi Todas as palavras que não mais te direi,
Regurgitam nesta garganta sufocada;
A tristeza; Angústia em dor transformada.
Por quem outrora suspirei; Não mais verei.

Desculpa-me sempre que te apontei defeito,
Eterno será este amor que não tem fim,
Porque foste tu assim embora sem mim,
Ferida permanente aberta no peito.

Grande saudade que me corroi por dentro,
Da minha vida traço sinistro espectro,
Essa malvada que te afastou assim.

Desapareceste quando tinhas tanto
para dar; Cada linha será um pranto.
Porquê ? Levasse-me antes Ela a mim !

2008 Vasco de Sousa
Os direitos da imagem pertencem ao seu autor.
O original encontra-se aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um blog que gostei de visitar. Ah, os sonetos são a paixão...

Victor Gonçalves disse...

Quer sejam homens ou mulheres é inegável a influência da grande Florbela Espanca na poesia, sobretudo
na que descreve dor e sofrimento.
Apreciei este e outros que estou a ler.



Victor Gonçalves