Como uma cascavel que se enroscava
A cidade dos lázaros dormia...
Somente, na metrópole vazia,
Minha cabeça autônoma pensava!
Mordia-me a obsessão má de que havia,
Sob os meus pés, na terra onde eu pisava,
Um fígado doente que sangrava
E uma garganta de órfã que gemia!
Tentava compreender com as conceptivas
Funções do encéfalo as substâncias vivas
Que nem Spencer, nem Haeckei compreenderam. . .
E via em mim, coberto de desgraças,
O resultado de biliões de raças
Que há muitos anos desapareceram!
Augusto dos Anjos
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005
Os Doentes
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Augusto dos Anjos
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