Cloto, Átropos, Tifon, Laquesis, Siva...
E acima deles, como um astro, a arder,
Na hiperculminação definitiva
O meu supremo e extraordinário Ser!
Em minha sobre-humana retentiva
Brilhavam, como a luz do amanhecer,
A perfeição virtual tornada viva
E o embrião do que podia acontecer!
Por antecipação divinatória,
Eu, projetado muito além da História,
Sentia dos fenômenos o fim.. .
A coisa em si movia-se aos meus brados
E os acontecimentos subjugados
Olhavam como escravos para mim!
Augusto dos Anjos
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005
Canto de Onipotência
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Augusto dos Anjos
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