domingo, 30 de outubro de 2011

Vem


Conta-me em segredo, porque te lastimas,
Enquanto acarinho os teus belos cabelos,
Essas tuas puras e cristalinas lágrimas,
Pérolas contrastantes dos teus pesadelos.

Deixa-me tomar conta do teu sofrimento,
Beijar carinhosamente as tuas faces,
Apossar-me de tão hercúleo tormento
que te apoquenta. Quase te desfazes…

Deixa-me acalmar esse teu coração,
Abraçar-te durante uma eternidade,
Poder em teu rosto, lívido de emoção,
Vislumbrar uma ténue felicidade.

E quando te der o teu sorriso de volta,
Talvez possas tu então, vir à minha porta.

2011 Vasco de Sousa

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Se sentes que sinto o Sentir


Se sentes que sinto o Sentir,
Então porque não te sentas onde me sento,
E poderemos então juntos decidir,
O que fazer deste nosso momento.

Se este encontro é um desencontro,
Se não te encantas com o meu encanto,
Desencantas-me e não te encontro,
Apesar de juntos neste pequeno recanto.

Vamos resumir: Se nos estamos a iludir,
Se fazes alusão a mais uma ilusão,
Não sei se chorar ou rir, mas vou partir.

Levantas-te para sair, Partido o teu coração,
E nessa confusão, Vi o teu Sentir,
Reacendeu-se a paixão. Vem, vamos sair.

2011 Vasco de Sousa

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

“Mon Cher”


Tudo em ti tem o odor e os contornos da poesia!
Tu és o poema mais real que já senti!
Sonho constantemente que és um sonho nascido de mim,
e o mundo só faz sentido quando estou nos teus braços,
os teus beijos ardentes são o tempero da minha boca.
As mudanças que fizeste na minha vida,
são a diferença entre viver e morrer entre ser feliz e infeliz.
O teu amor é mais vital que o ar que respiro,
A tua presença é o meu equilíbrio,
O momento em que me olhas e sorris é um renascer constante.
Por ti e contigo estou a apaziguar a minha existência.
Por ti e por mim permito-me abrir a mente, a alma, o corpo,
e entregar-me completamente ao sabor de me saber amada!
Tu ÉS meu amor o poema mais autêntico que escrevi!

2011 Olinda Ribeiro
Para ti meu amor que me amas “cobrando-me” apenas que eu seja livre…
para amar incondicionalmente e a meu jeito…

sábado, 22 de outubro de 2011

Obrigado por aqui estares


Aproximas-te de forma serena,
Antevendo os momentos de prazer,
Que saboreias de forma plena,
Com a avidez de mais querer.

Assumes por direito o teu lugar,
Movimentas-te para baixo e para cima,
Deliciando-te com esse aparente manjar,
Decifrando cada frase, cada rima.

No final, então recostas-te,
Devagar… Já com a alma lavada,
Nem sabes bem o que estás a sentir.

É então que voluntariamente ofereces-te,
Para, de uma só assentada,
Escreveres, comentares e retribuir.

2011 Vasco de Sousa
E eu, humildemente, por mim e pelos restantes poetas,
a ti, que estás a ler, só tenho que agradecer-te.
Obrigado.

Serão achaques ou tremores ?


Não sei se são achaques, ou então tremores,
A minh`alma padece e degenera,
Não sei se são arrepios ou suores,
Sei que para mim, não mais será primavera.

Perguntas porque sofro, assim desolado,
Porque quase desejo desaparecer ?
Este coração batendo descompassado,
Frenético ou cego. Vá-se lá saber…

És tu a fonte do meu desassossego,
Viraste o meu mundo de pernas pró ar !
Já nem sei se voltarei a me encontrar…

Quando te olhei, surpreso e sôfrego,
Um só instante da tua beleza impar,
Que me deixou assim…
                                    …por ti a suspirar.

2011 Vasco de Sousa

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Oportunamente


Deixei a porta aberta…
E tu entraste.
Sorriste.
Deste-me um beijo.
Abraçaste-me.
Deste-me um beijo.
Saíste.
A porta …
Tu é que a fechaste!

Amanhã ou outro dia qualquer…
Se eu deixar a porta aberta,
Acautela-te….
Não a feches….
Pode acontecer
Quereres entrar…
E a porta estar fechada!

Hoje a janela tem uma fresta para entrar o ar…
Tenta…
Pode ser que consigas entrar por ela…

2011 Olinda Ribeiro

No teu fogo acendi o meu desejo


Sem saber que palavras utilizar
Amei-te leve e copiosamente
Permiti-me simplesmente amar
Com o gosto que minha alma sente!
Os gestos ficaram delicados
os silêncios as palavras ditaram
dos beijos ternos e potenciados
odores pueris e suaves brotaram.
Entre o real amor e o amor real
Mantos de carícias se teceram
Preparada a antecâmara nupcial
Ardentemente os desejos floresceram….
Chegou o momento! Há que os desfrutar…
Corpos acesos, incendeiam o acto assentido…
Sem esperas, porque o amor não sabe esperar,
É hora meu amor do orgasmo consentido!

2011 Olinda Ribeiro

domingo, 16 de outubro de 2011

*** Sou um perfeito imbecil ***


Muito agradeço a lista simpática sobre o que pensas de mim!
Se é assim que me vês e se esta é a tua opinião, respeito.
Mais, passei a ter por ti grande admiração pois provaste que fizeste um intenso curso de autoconhecimento, e que passaste com distinção. Muito louvável! Sim senhor!
Felicito-te porque me impressionaste com a forma como te descreveste!
É tão revelador e surpreendente! Como tu te conheces tão perfeitamente!
Só agora percebo esse teu ar douto e convencido.
Tão abismada e fascinada me deixaste, que fui procurar esclarecimento!
Fui aos sinónimos …. Entre verbos substantivos e adjetivos estava tudo certinho... tal e qual como tu afirmaste! Mas o que mais me fascinou é que conseguiste resumir Numa Só Frase, uma quantidade imensa de variadíssimos sinónimos, já que cada adjetivo e substantivo dá origem a outros substantivos e adjetivos que de raiz efetivamente estão todos relacionados uns com os outros e descrevem na perfeição a tua descrição e afirmação pessoal! Que por sua vez se verificarmos derivam para outras palavras o que ainda mais me espanta, porque a lista fica extensíssima!
Passo há respectiva demonstração:
Sou: 1ª pessoa do verbo ser
Um: substantivo masculino e adjetivo
Perfeito: adjetivo
Imbecil: adjetivo e substantivo….com muitos sinónimos…tais como: arrogante, pateta, tonto, tolo, parvo, obtuso, estúpido, mentecapto, néscio, cretino, asno, inepto, insensato, pacóvio, patego, aparvalhado, demente, ignorante, labrego, besta, lerdo, tacanho, tanso, cepo, boçal, bronco, grosseiro, alarve, desagradável, sinistro, horroroso, calamitoso, desgraçado, estulto, basbaque, e muitos outros… (afirmei que a lista era extensa) … mas fico-me por estes….
E o sinónimo que mais me impressionou----------------TRISTE!

Muitos parabéns!
O mérito é todo teu pois esforçaste-te arduamente para obteres este certificado!

2011 Olinda Ribeiro

Nota do administrador: Este texto não é uma poesia, e foi publicado a pedido da autora, o qual acedi (após alguma relutância... confesso - não pelo conteúdo, mas sim por não o considerar uma poesia) uma vez que a sua escrita é muito importante para todos nós.
Vasco de Sousa

O anel de Lucília


Lucília é uma linda mulher!
Pequena! Mas estóica na labuta.
Não desarma e vai à luta.
Sabe muito bem o que quer.
Lucília, é muito imponente,
Tem a grandeza de amar!
Muito mais profunda que o mar…
Dá-se ao luxo de ser Gente!
Belos olhos… e olhar doce,
Mãe extremosa, esposa amante.
Comanda qual almirante,
Um navio que real fosse!
Lucília tem um anel,
Com uma pedra azul-turquesa,
Reflecte na sua beleza,
Coragem de a si própria ser fiel!
Há quem possa não entender,
Este grau de amizade, …
Mas garanto que é verdade!
Lucília! É mesmo uma grande mulher!

2011 Olinda Ribeiro

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Desabafo


Às vezes consegues pôr-me mesmo fulo,
Fico tão irritado que só me apetece gritar,
Ou então afastar-me de ti. Sair num pulo.
Mas o que raio havia hoje de te dar ?

Saio para longe. Quero estar sozinho !
Quero organizar as ideias. Preciso arejar.
Às vezes bastava só um pequeno carinho,
Para tudo ficar no seu devido lugar…

Irrito-me como um miúdo amuado,
Quase que me sinto envergonhado,
Mas tu, também não queres desarmar !

Daqui a pouco, já tudo isto passou,
Já nem saberemos porque é que começou,
Afinal de contas, isto também é amar.

2011 Vasco de Sousa

Sofrimento passivo


Por vezes, sofremos, mesmo sem o saber,
Uma angústia que não queremos admitir,
Talvez simplesmente por não o querer.
É bem mais fácil da verdade fugir.

Queremos pensar que tudo está bem,
Mostrar, acreditar, num falso bem estar.
Isso nada resolve. Tal como uma nuvem
Que tímida, o sol procura tapar.

Temos que fechar os olhos ao mundo,
Esquecer o que se passa em redor,
Olhar para o nosso interior.

Revirar a caixa das memórias até ao fundo,
Procurar bem a ferida dentro da alma,
Pois só assim encontraremos a calma.

2011 Vasco de Sousa

Doutor, ajude-me por favor !


Doutor, ajude-me, que me dói o coração !
(E esqueça lá esses seus fiozinhos,
Porque eu padeço é de paixão,
Deixe lá a máquina dos risquinhos…)

Explique-me como me livro desta dor,
Tão forque que me retira todo o alento,
Injeções, comprimidos, seja lá o que for,
Ajude-me lá, senão eu ainda rebento !

Diz-me então que isto não tem cura ?
Que só ao fim de um tempo é que passa ?
Que raio de doença haveria eu de apanhar…

Doutor, por favor, veja lá se procura.
Demore à vontade ! Não tenho pressa…
Como é possível que não me possa curar ?

2011 Vasco de Sousa

Sentir

Não falo muito, sou calado.

Muitas vezes, fico por ali, quase de lado.
Nem sei o que dizer de mim,
Pois nunca me exponho assim.
Gostava de poder escrever,
Assim como quem vai falando alto.
Talvez assim, num sobressalto,
Aprendesse eu a transmitir,
Aquilo que é o verdadeiro sentir,
Sem palavras difíceis ou rebuscadas,
Sem máscaras ou fantochadas,
Divagando sem nexo, mas sem tremer.

Mas onde está o verdadeiro sentir ?
O que sinto por ti ? O que sentes por mim ?
O coração apertado, quando vais partir !
Ou sobressaltado quando chegas… assim… …
Sentir uma alegria imensa,
Só porque te lembraste de mim,
Sentir uma dor intensa,
Porque partiste de repente… assim… …
Que grande corrupio de emoções,
Passa pelos nossos corações,
Todos as sentimos, todos as vivemos,
Mas dificilmente as descrevemos.

E afinal de contas… …

Para quê tantas descrições ?
Porque não abrir os nossos corações ?
E em poucas e simples palavras dizer,
Se estamos felizes ou então a sofrer ?
E se as palavras nos saem com algum torpor,
Pode ser só um beijo… … uma flor.
Pode até ser apenas um simples olhar,
Porque até ele, tudo pode revelar.

2011 Vasco de Sousa

Procuro o meu caminho


Estarei eu louco ? Talvez sim, um pouco…
E gosto desta minha loucura saudável.
Saio do rebanho, afasto-me um pouco,
Procuro outro caminho que seja viável.

E tu, não gostas ? Pouco eu me importo !
Quero desbravar o trilho do meu destino.
Não sei, se no fim chegarei a bom porto,
Mas fui eu que o escolhi ! Pia fino… …

A minha vida não será um labirinto,
Se fizer o que gosto, respeitar o que sinto.
(Amigo dos outros, mas antes meu amigo)

Apenas por já saber quem eu sou,
Posso assim decidir para onde vou.
Verdadeiro com todos, mas sobretudo comigo.

2011 Vasco de Sousa

sábado, 8 de outubro de 2011

Espero que fiquem esclarecidos... Parte 1


,,,,,,,e então dirás um dia que as alfombras
Eram desbotadas descoloridas e cheias de negrume
as arcas das mouramas não traziam segredos deleitosos
o engodo da monogenia é comum ao monofisismo
a história do filho pródigo é mais um detalhe
Sara, pode ser nome ou doença e não sara
Qualquer das fórmulas é sempre desértica
E para que conste o maior deserto do mundo
É a Antárctida… o Sahara  é o segundo maior
Mas é o mais quente… e tem humanos… Dizem…
as temperaturas os termómetros têm géneros*1
na medida em que perco o fio da meada
mais me aproximo do que quero resguardar
só para mim (direito à privacidade)
Sou tagarela mas muito intimista e não sei
De onde me vêem ou vêm estas ideias estapafúrdias,
Só sei que se não liberar o que me atormenta
Pum! Expludo! Então abro a caixinha e deixo os neurónios
(Que são aos milhões) arejarem para não acontecer uma
Hiper-descarga-trágica- eléctrica que me lixa os denditros
E provoca no axônio um esgotamento estrutural
Através dos telodendritos acontece uma fenda sináptica
E todos sabemos que as fendas são muito perigosas
Até separaram continentes… (ai a fenda arrepia-me toda)
Mas não nos afastemos da questão…
Temos também os processos condutivos e impulsivos….
A cromatina nuclear é escassa, mas o nucléolo é muito proeminente!!!
Mas o sexo feminino ganha aos pontos…
Porque a tal da cromatina sexual é mais elevada nos
Nossos neurónios … nosssos  mulheres ….
Pronto, não radicalizando os homens também têm os
SEUS pontos fortes… mas são um bocadito mais fracos
Até porque as mulheres espertinhas como são…
Quando damos (à) luz a um homem é sempre com
O comando por perto!*2
Fazemos género remoto controle…… superintenda-se!

2011 Olinda Ribeiro
*1- temperatura género feminino, Termómetro masculino
*2- os homens com o comando na mão só fazem zapping  … não vêm nem deixam ver…
Errata………os disparates têem origem nos acordos ortográficos….
Mas como errar é humano… eu errato à vontade!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ele há dias... ...

Ele há dias desastrosos
Dias em que os céus parecem desabar,
Caindo em numerosos fragmentos,
Sobre as nossas cabeças.
Dias em que sequer deveríamos ousar,
Sair das nossas caminhas.
Dias em que tudo, mas tudo, corre mal !
Assim mesmo ! Tal e qual !

Ele há dias mesmo terríveis,
Em que não chegam nem forças invencíveis,
Em que me falta a coragem,
De terminar a viagem,
Ou então acabar por me esconder,
Por aí num canto qualquer,
Esperando pelo fim do dia,
Orando para que regresse a harmonia.

Ele há dias…
Em que o peito parece rebentar,
O coração apressado, quase quer saltar,
A cabeça, zonza e pesada,
Como se tivesse uma tonelada,
A garganta fica mais seca,
E o estômago todo enrrolado…
(Teria sido um mau olhado ?)

E então nesses dias…
Sento-me lá bem no meu cantinho,
E depois bebo um copinho,
De algo que seja bem forte,
Para ver se encontro o norte,
E se a calma não regressar,
Então… … volto a atestar.
Ligo o rádio… … e fecho os olhos.

Respiro fundo… baixa aos poucos a pulsação,
Encontro a força dentro do meu coração.
O céu já não está tão cinzento…
Só mais um copo. (Raios, isto dá alento !)
Subo o volume… Grito um bocado.
(Eu sei… Sou mesmo desafinado !)
Exorcizo os meus temores.
(Esse não ! Não gosto de licores…)

Oh que raio de dia !
Temos que seguir em frente.
Amanhã será diferente !

2011 Vasco de Sousa

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Amigas invejem-me à vontade...

Eu tenho quatro amores… três perdem-se por mim…
Um é a minha perdição! São gentis e sedutores…
Bocas cor de carmim… e suave toque de mão!
Galanteiam com fervor, mais belos que sete sóis!
Têm todos muito empenho… sorrisos cheios de fulgor…
Vozes de rouxinóis… (muito a custo me contenho…!)

Só um tem o meu amor… não é magro nem roliço,
Estatura bem a meu gosto… olhar arguto de condor,
Lançou-me doce feitiço… e ainda lhe pago imposto!
Vejam bem o meu azar! … Com tanto por onde escolher,
logo me calhou em sorte, um que não me pode amar,
pois ama outra mulher! Vivo eu neste desnorte…

Por isso minhas amigas… esqueçam lá a inveja!
Mais infeliz que vós sou! Deste amor tenho fadigas,
Meu coração lacrimeja. E os outros? De bom grado vo-los dou!

2011 Olinda Ribeiro (Lili)
Se tivesse coragem ficava com todos…. Cometia o pecado da gula!!!
Mas como sou vossa amiguinha…. Deixo-vos o caminho livre…
Beijos