Constato que existo surrealista,
Nos escombros dilacerados do meu ser.
Do filme atroz onde sou a protagonista,
Colho os louros pelas escolhas de sofrer.
Grandiosos aplausos de desespero,
Recebo enlutada, quando subo ao palco,
Agradeço com gestos majestosos e reitero,
As feridas do meu peito em socalcos.
Já nem me incomodo como a dormência,
Envolve os minutos de cada hora…
Que esta amálgama de dor infinda,
Mais parece um acto de demência!
Restolhos de lágrimas minha alma devora.
Toda a dor é minha! Ganhei-a! Nunca finda!
Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
O protagonismo é meu
Etiquetas:
Dor,
Olinda Ribeiro,
Sofrimento
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10 comentários:
Exma. Sra, a sua poesia é magnifica.
Gostaria de ler também outros géneros,.
J.M. Antunes
Muito obrigada por apreciar o que escrevo. Sinto-me deveras lisonjeada.
também escrevo outros estilos, que envio para o autor do blogue, e se o autor assim o entender e quando entender os publicará, provavelmente as coisa que lhe envio não se enquadram neste espaço, como prezo muito a opinião do sr. Vasco de Sousa, sei que ele fará sempre o que for melhor para todos nós. Bom ano. Olinda Ribeiro
Ainda bem que vim dar uma espreitadela, hoje já li poesia da melhor.
este blogue para mim está em alta.
parabéns
concordo esta poetisa é magnifica
Bom muito bom
na nossa vida temos sempre o papel principal.
Porque será que o sofrimento é tão necessário para podermos valorizar as coisa boas?
Joana Fernandes
Bem estou mesmo estupefacto.
Esta Sra é realmente de uma sensibilidade .........
Gil Alves Macedo
Mais um daqueles muito tristes mas muito verdadeiros, gosto destes mas deixam-me um bocado melancólico, mas a poesia é isto mesmo. Estou a perceber que esta coisa da poesia mexe com os sentimentos todos duma pessoa.
Magnifico!!!!!!!!!!!!
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