Quem dera poder amar-te
Assim como quem bebe água
Sonegar ligeira esta mágoa
Da dor sofrida com arte.
Quem dera mais muito mais ainda
Ofuscar o sol com o teu rosto
E gritar que gosto apenas porque gosto
Porque me agrada esta dor infinda.
Parece doentio bem o sei,
Mas que fazer se é assim que sinto.
Mentir a ti, que a mim não minto.
Nem me arrependo do que te dei.
Bebi do cálice da dor cheia de graça,
Bebi com amor e jeito de garça.
Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quem dera poder amar
Etiquetas:
Olinda Ribeiro
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9 comentários:
Amar amamos sempre por mais que nos façam sofrer.... o amor é um sentimento que nos preenche e mesmo com muita dor há que tirar sempre partido das coisas boas que nos da!
Obrigada por todas estas lindas palavras. Espero ler em breve novos poemas.
Parece-me que não tem sido correspondida nas suas paixões.
Olinda Ribeiro, quem sente e escreve assim, também deve amar com a mesma itensidade. Parabéns
como eu gostava que me amassem assim
Amar é sinónimo de estarmos vivos.
Muito bom
Olinda, pensei que já tinha comentado todos os seu belos sonetos,
vou rectificar e comentar os que não comentei.
Mas saiba que gosto de todos.
M. Luísa,
Tal como prometi, aqui estou a ler os sonetos que tanto a encantam.
Vou comentá-los 1 a 1 e depois falamos.
Este está muito bom.
Gil Alves Macedo
Amar é sempre bom, até quando ficamos a sofrer.
Muito bom e excepcional.
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