De repente em meu seio caiu neve,
gelou-me a nudez do meu pranto.
Sortes negras mudas de espanto,
desse gesto longo e tão breve.
Desnecessária seria essa frieza.
Já que o meu sangue quente
dói que baste, gesto ausente.
Lúcida e incómoda é a tristeza.
E se não fosse por Deus,
Juro que teria desmaiado…
Nesse doce abraço da morte.
Que a fé que tenho é por sorte,
O braço que me tem amparado,
E me liberta dos pesadelos maus.
Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Fé
Etiquetas:
Olinda Ribeiro
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9 comentários:
Parabéns! Que poemas lindissimos! E concordo plenamente que a nossa Fé nos apoia! Eu tb tenho a minha Fé mas tenho tb alguem que ampara quando preciso!
É a Fé que nos move e nos dá força, para viver um novo dia. Espero que essse dia chegue bem depressa para si.
muito bonito e bom
se soubesse que encontrava poesia tão boa num blogue já tinha visitado há mais tempo. Vou comentar todos os que puder e prometo ser mais assíduo.
Ainda bem que vim ao blogue, assim posso ler e voltar a sentir esta emoção.
Olinda, nem sei que diga, é tão
verdadeira que fico sem palavras.
Agradeço A Vasco de Sousa
Excelente este soneto, começo a perceber porque a minha amiga gosta tanto desta sra.
Gil Alves Macedo
Sou um homem com muita fé, e este poema é muito bom.
e a sra escreve muito bem, e vou passar a ler mais vezes.
Boa tarde, aqui estou eu no principio, deixo-me levar e vou sentir cada poesia sua encher o meu peito de saber.
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