Confidenciei à solidão,
O derradeiro delírio da minha alma,
Delicadeza pueril que salma,
O som do bater do coração.
Executado em dó menor,
Recital de angústia magistral,
Pautada por dor abismal,
Tendo por maestro o Amor.
Sorrio como quem desmente,
O drama agreste que me fere,
Fingindo ter quem me espere,
Quem a minha falta sente!
Oh dolorosa e triste memória.
Amor ausente. Vã glória.
Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Confidência
Etiquetas:
Olinda Ribeiro
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10 comentários:
como é que alguém que escreve e sente desta maneira pode estar só?
como esta sra, menina.... sabe tocar no ponto mais frágil.
muito bom
muito delicado e tocante
A solidão disfarça ou complementa a dor........intrigante não é. Adorei.
Isabel
é isto Olinda é de ficar sem palavras
tenho de concordar é muito bom!
Muito bom
Muito profundo e intimista.
Gil Alves Macedo
muito forte e muito bom. E até percebo muito bem.
Fascinante e francamente excepcional!
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