Vejo nos teus olhos entristecidos,
melancolia e desprendimento,
o franzir da testa, o sofrimento,
revelam desgostos contidos.
Leio no teu rosto agonizado,
a dor forte suspensa,
dilacerada, acutilante, intensa,
fruto do amor desprezado.
Conheço bem esse desgaste
(ainda sinto o grito alucinante)
Que despedaça o coração.
Já é silêncio que baste,
Perderes a tua constante,
Não percas também a razão!
Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog
sábado, 11 de dezembro de 2010
Amor desprezado
Etiquetas:
Olinda Ribeiro
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9 comentários:
Engraçado que me revi neste poema! Mais uma vez os meus parabéns devia de editar um livro. Um grande bem HAJA!
Não está sózinha na sua dor, hoje em dia esta dor é quase universal. muito sentimento.........faz pensar.
tanto realismo até dói.
continue assim.
devo dizer que sou leitora assídua deste espaço, quero que saiba que me tem feito muita companhia. A Olinda juntamente com o Vasco de Sousa são
uma dádiva.
descobrir como descobri boa poesia, é uma emoção
Realmente muito bom.
Mas é mesmo um soneto muito bom,
Gil Alves Macedo
ena pá nestas coisas do amor até estremeço todo, este poema arrepia-me todo, fico assim um bocado zonzo.
A tarefa de comentar apresenta-se muito dificil pois cada poema é tão arrebatador quanto o outro.
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