segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sentado observo as tuas longas labaredas

Fogo de longas labaredas, com as tuas afiadas línguas que lambem a madeira Sentado observo as tuas longas labaredas,
Afiadas línguas que lambem a madeira,
Por entre os troncos, inventas novas veredas,
Crepitas lentamente dentro da lareira.

Tudo vais reduzir a cinzas, aos poucos,
De uma forma certeira e implacável.
Os meus receios poderás consumir,
Nessa longa tarefa interminável.

Tua luz ilumina meus pensamentos,
Um confortável calor que aquece a minha alma,
Em ténues memórias eu me deixo levar.

Não te compadeces com os meus lamentos,
Continuas, com sabedoria e calma,
Até que em cinzas tudo possa ficar.

2008 Vasco de Sousa
Os direitos da imagem pertencem ao seu autor.
O original, encontra-se aqui.

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