O nosso amor morreu...Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre...e loga aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor quie parte o claro riso
De outro amor imposível que há-de vir!
Florbela Espanca
sábado, 13 de janeiro de 2007
Amor que morre
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Florbela Espanca
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