sábado, 30 de abril de 2011

Serão moinhos de vento ?

Por vezes, faltam as forças para lutar
Contra os moinhos de vento, que se erguem,
Agigantam-se querendo até derrubar.
Iludido, já não compreendo o que querem.

Cansado de remar contra a maré,
Correntes que mudam ao sabor dos poderes.
Nesta turbulência, aguça-se a fé,
Na esperança de encontrar dias melhores.

Por estes dias sopram ventos sombrios,
Para bem de alguns, para mal de muitos,
Novos caminhos terão de ser esboçados.

O orgulho de comigo ser verdadeiro,
Dá-me forças para ficar assim inteiro,
Quando já me exigem esforços dobrados.

2011 Vasco de Sousa

11 comentários:

Leonardo Brito disse...

São os momentos difíceis que mais exigem de nós, mas também são os que mais nos fortalecem.
É muito bom que aproveite e transforme os seus moinhos em boa poesia.


Leonardo Brito

Anónimo disse...

Sr. Poeta ou será Poetiza?, por vezes tenho a impressão que Vasco de Sousa e Olinda Ribeiro são a mesma pessoa,
parecem pessoas diferentes, mas a escrita é muito similar, só que com roupagem no masculino (como é o caso)
ou no feminino (anterior).
Será que acertei na mosca?

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Ora bem é sempre um prazer ler no seu espaço a sua poesia com cheiro a introspecção. Faz muito bem todos devíamos deixar o lado Quixotesco vir ao cimo.....libertar o vento fresco
e arejar as ideias

Vasco de Sousa disse...

Gostaria de esclarecer o Sr(a). anónimo que eu, Vasco de Sousa sou o autor deste blogue, e não utilizo qualquer outro nome para publicar a minha poesia. Talvez se sinta inspirado por Fernando Pessoa, que recorria a vários heterónimos...
A Sra Olinda Ribeiro tem-se tornado, nestes últimos meses, uma colaboradora assídua deste blogue, cujos poemas são enriquecedores e bastante apreciados por mim e por muitos dos leitores mais assíduos do blogue.
Discordo consigo, quando diz que a escrita é muito similar. Talvez uma leitura mais atenta lhe permita descobrir que somos realmente pessoas diferentes.
Esclareço ainda que não nos conhecemos pessoalmente, mas apenas através da troca de mensagens electrónicas.
Termino acrescentando que gostaria que os leitores que pretendem uma resposta da minha parte, se identificassem, para que a resposta possa ser dirigida a alguém em concreto, pois é estranho estar a comunicar com um anónimo(a)?

Boas leituras
Vasco de Sousa

Alberta Góis disse...

Boa noite Vasquinho é um prazer ler poesia sua. E sim senhor moinhos ou não é muito bom.



Alberta Góis

Olinda Ribeiro disse...

Bom dia Vasco de Sousa,

Independentemente de ser ou não religioso, sugiro-lhe que mantenha a sua fé bem reforçada, embora remando contra marés e muitos moinhos de vento o papa João Paulo II manteve-se sempre fiel a si mesmo, também celebramos o dia da mãe, veja que 2 factos magníficos ambos símbolo de força e de fé. E Excelentes exemplos a seguir.
E parabéns pelo soneto, muito bom.

Um abraço

Olinda Ribeiro

Maria Costa disse...

moinhos de vento uma excelente combinação e muito romântica...
é um soneto muito interessante


Maria Costa

Gil Alves Macedo disse...

Solidário com o poeta e compreensivo com o homem.



Gil Alves Macedo

Alvaro Santos disse...

bom muito bom e como eu o compreendo
caro poeta

Maria disse...

Ai quem me dera ser moinho e ter um vento agradável que me fizesse girar................... talvez assim fugisse desta pasmaceira........ vou-me contentando em ler boa poesia.

António Vasco Guedes disse...

Mais um exemplar perfeito de harmonia entre estes dois poetas por excelência. Neste soneto onde o cansaço do guerreiro é bem evidente, mas que mesmo assim não desiste e vai em frente, e o apoio da gentil dama que o incentiva - " Mimo cacofónico"
Bem sei que são escritos e publicados em tempos diferentes, e que os próprios poetas nem terão consciência que isto acontece,também sei, que pode ser coisas só do meu imaginário. Mas acho todos estes aspectos maravilhosos, enriquecedores,
e muito mas mesmo muito educativos.


António Vasco Guedes