quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pensas que sabes quem sou

Poderás pensar que sabes quem sou,
Mas efectivamente não o podes saber,
Porque até eu, que dentro de mim estou,
Não o sei, nem nunca o poderei saber.

Surpreendo-me a cada dia que passa,
Quando interiorizo aquilo que faço,
Não porque me considero uma farsa,
Mas porque sou um ser em progresso.

Natural é esta minha constante mutação,
Que urge, ao longo de toda a minha vida,
Tornando-me assim num ser humano.

Cada dia se transforma numa nova lição,
Cada momento me desperta para a vida,
Sou então, o que dentro de mim emano.

2011 Vasco de Sousa

7 comentários:

Leonardo Brito disse...

Vasco de Sousa,

Não me ache prepotente, este comentário é só a minha modesta opinião, também lha transmito porque como sabe sou grande apreciador da sua arte de bem escrever, e não seria correcto da minha parte nem honesto, se não lhe transmitisse o que penso.

??? Mas... o que se passa???
Este soneto parece um grito sufocado
na sua garganta, desate o nó e respire, deixe fluir as suas excelentes capacidades poéticas e vocabulares e reescreva este soneto, pois o conteúdo é tão rico e intenso, que será uma pena desperdiçar esta ilustração da sua essência vital e regeneradora.


Leonardo Brito

Antónia Matos Neves disse...

Vasco de Sousa

Desculpe se pareço ingrata com uma pessoa que tem a bondade de partilhar
momentos de poesia tão excelentes como a sua, porém parece-me que se está a controlar demasiado, e, por alguma razão, este soneto que é riquíssimo em termos de conteúdo e sabedoria está um pouco aquém do seu talento, tanta vezes felizmente aqui expresso.
É só a minha análise, provavelmente os outros leitores e até o próprio
Vasco de Sousa não estarão de acordo comigo, respeito profundamente, mas é assim que eu sinto e leio este soneto, talvez seja só impressão minha, mas julgo que resultaria melhor se não seguisse esta métrica e escrevesse
mais livremente sem condicionalismos. Não precisa de fórmulas silábicas rimáveis ou repetibilidades para escrever o que sente, pois a poesia é uma arte solta e descomprometida com obrigatoriedades. Diga o que quer dizer sem receio.


Antónia Matos Neves

Alberta Góis disse...

Olá Vasco,

Compreendo perfeitamente o que quer dizer, e como se sente, tem toda a razão o auto-conhecimento é feito diariamente, mas tem aqui qualquer coisita que me está a escapar... é como se estivesse um bocadito desarrumado..........
Mas percebe-se perfeitamente a mensagem. Eu percebi.


1 abraço

Alberta Góis

Anónimo disse...

Sr poeta, este poema tem coisas muito
interessantes mas está assim mais ou menos perdido, mas sabe que mais, eu também ando um bocado confuso e perdido e todos nós passamos por fases
destas, deixe, tenha fé que as coisas ás vezes melhoram.

Olinda Ribeiro disse...

Boa noite Vasco de Sousa

Como eu o entendo, pessoas há que julgam que pelo facto de nos verem e falarem muitas vezes, já nos conhecem, quando não fazem a mínima ideia de quem somos. As aparências muitas vezes são ilusórias, e todos estamos em constante mutação, por acaso até nem me incomoda muito, porque vivo o meu dia-a-dia sempre
em comunhão comigo e com quem me rodeia sem julgamento de caracteres, sei que todos temos as nossas especificidades, e que não agradamos a todos. Mas lá que existem personagens que parecem irreais lá isso existem.

Um abraço


Olinda Ribeiro

Zézinho disse...

Pois eu entendo bem o que quer dizer mas parece que o sr está arreliado desabafe que faz muito bem há alma
o sr até escreve melhor vai ver

Zézinho

João disse...

Desculpe lá sem querer ser aborrecido,
mas como é que um poeta tão bom dá ouvidos a parvoíces. Não conhece o ditado, os cães ladram mas a caravana passa.....


João