Rola da luz do céu, solta e desfralda
Sobre ti mesma o pavilhão das crenças,
Constele o teu olhar essas imensas
Vagas do amor que no teu peito escalda.
A primorosa e límpida grinalda
Há de enflorar-te as amplidões extensas
Do teu pesar -- há de rasgar-te as densas
Sombras -- o véu sobre a luzente espalda...
Inda não ri esse teu lábio rubro
Hoje -- inda n'alma, nesse azul delubro
Não fulge o brilho que as paixões enastra;
Mas, amanhã, no sorridor noivado,
A vida triste por que tens passado,
De madressilvas e jasmins se alastra.
Cruz e Souza
quarta-feira, 25 de março de 2009
Noiva e triste
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Cruz e Souza
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