Fecho os olhos, como que a meditar,
Inspiro profunda e suavemente...
O calor do Sol vem até mim, devagar...
E flutuo no interior da mente...
Escorrego sobre a areia quente,
Deleito-me com o murmúrio do mar...
A inércia controla-me facilmente,
Tão ausente que já pareço dormitar.
Quando excluo todos os pensamentos,
Um deles, nunca poderei eliminar.
O fio condutor, o ponto de partida.
És tu que preenches todos os momentos,
Que bem me ensinaste o que é amar,
És o meu Universo, a minha vida !
2008 Vasco de Sousa
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
O meu Universo
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
A Química do Amor
Poderia talvez pensar-se que a paixão,
Com os laboratórios, nada tem a ver,
Mas não será o amor uma combustão,
os sentimentos fumegantes, a ferver ?
Poderemos descrever uma união,
Como sendo uma mistura homogénea ?
Dois seres em constante transformação,
Na procura de uma alma gémea.
Os meus átomos a ti se querem juntar,
Irei identificar-te pelo teu odor,
Poderás reagir com todo o esplendor.
Substâncias que não se podem separar.
Junto a mim, serás o meu catalisador,
Sem ti, sou um reagente sem reactor.
2008 Vasco de Sousa
domingo, 21 de setembro de 2008
Master of puppets
Com medo tremo, quero fugir da morte,
Poder eu enterrá-la no fundo do mar,
Tão longe, que nunca mais eu a possa ver !
Tenho a certeza que não terei tal sorte,
Se para morrer, tenho de me preparar,
Bem o posso fazer, se aprender a viver !
2008 Vasco de Sousa
A imagem utilizada é para fins meramente ilustrativos. Todos os direitos pertencem ao grupo Metallica e empresas associadas.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Desespero derradeiro
Choro ! Choro em completo desespero !
Por aquilo que não fui e pelo que sou.
Não sei o que faço, não faço o que quero !
Na minha alma a escuridão já me alcançou.
Uma dor que me sufoca lentamente,
Quero atirar-me para as ondas do mar,
E poder nelas me afundar suavemente,
As minhas mágoas a espuma possa lavar.
Força e coragem já me abandonaram,
E aos poucos desfaleço moribundo,
Já sem motivos para que possa lutar !
Alegria e esperança já partiram,
Já me fartei deste planeta imundo,
Quero partir, para nunca mais cá voltar.
2008 Vasco de Sousa
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Tempos modernos
Esta correria de todos os dias,
Cega, todos os romantismos esgota.
Por mais bens materiais, até matarias...
A bondade foi corrompida ! Está morta !
Sufoco ! Choro sem aparente razão !
A vida vai perdendo o significado,
Próximas estão: A fome e destruição.
Ajuda-me ! Sinto-me desesperado.
O que tens, pode comprar-te a solidão,
Vendeu-te a alma, a tua ganância.
Porque o fazes ? Achas que não vais morrer ?
Neste Universo de grande vastidão,
Achas-te com demasiada importância,
Vives para ter, e não tens para viver.
2008 Vasco de Sousa
domingo, 14 de setembro de 2008
Teus olhos verde mar
Poderei afirmar sem qualquer dúvida,
Depois das mais do que certas evidências,
Que padeço de doença conhecida,
Sofro as mais dolorosas experiências.
São agora inquietas, as minhas noites,
Perdi o apetite, já não consigo ver,
Quando nos cruzámos por breves instantes,
De senhor, um teu servo eu passei a ser.
O teu perfume logo me hipnotizou.
Esses teus olhos, grandes e de coragem,
Alegres, doces e verdes como o mar.
O teu doce andar logo me cativou,
Enfermo, desfaleço à tua imagem,
É a doença do amor, que me vai matar !
2008 Vasco de Sousa
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Procura Inútil
Por entre movimentos desajeitados,
Numa tonta e inexplicável procura,
Tumultuosos desejos precipitados,
Tão perto de um abismo que me devora.
Procurei eu de forma tão exaustiva,
Por aquilo que teimava em não encontrar.
Uma odisseia colossal e obsessiva,
Que me sugava a vida, sem lamentar.
Procuraria algo que não existe ?
Ou seria essa a minha vontade,
Doentia, possessiva, mesmo atroz ?
Não teria razão para estar triste,
Porque a tão desejada Felicidade,
Se encontra afinal tão pertinho de nós !