sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Coerência

Não parto a loiça toda porque me apetece.
Parto-a porque tenho que partir!
Porque ao parti-la o que acontece,
É que depois a tenho de substituir.

O mesmo acontece com outras coisas,
Faço-as porque tenho que as fazer.
Paradoxalmente são como réplicas,
De atitudes que me esforço por não ter.

Nem vale a pena insistir………………
Não se chega a conclusão nenhuma.
Por isso atenta bem no que te digo:

- Partir loiça apenas por partir,
É um acto impreciso que se esfuma.
Não é crime… mas pode bem ser castigo!

Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog

8 comentários:

José Manuel Antunes disse...

Mais uma vez muito bom.

Alberta Góis disse...

oh minha amiga quem me dera ter coragem para partir a loiça toda, e fazer outras coisas mais.

gosto muito da maneira como diz as coisas tão terra a terra....

B. Magalhães disse...

muito interessante e diferente

Luis Vaz disse...

ligeiro mas realista. Gosto

Joana Fernandes disse...

Tem toda a razão devíamos ter coragem de partir mais vezes a loiça, e deitar os cacos fora.
Muito interessante este soneto.
E dá que pensar...



Joana Fernandes

Gil Alves Macedo disse...

Precioso, directo, e muito coerente.

Gil Alves Macedo

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Tenham lá paciência mas este poema tá muito bem apanhado. Acho mesmo muito interessante.

Lúcia Bernardes disse...

Espectacular e faz todo o sentido.