sábado, 11 de dezembro de 2010

Amor desprezado

Vejo nos teus olhos entristecidos,
melancolia e desprendimento,
o franzir da testa, o sofrimento,
revelam desgostos contidos.

Leio no teu rosto agonizado,
a dor forte suspensa,
dilacerada, acutilante, intensa,
fruto do amor desprezado.

Conheço bem esse desgaste
(ainda sinto o grito alucinante)
Que despedaça o coração.

Já é silêncio que baste,
Perderes a tua constante,
Não percas também a razão!

Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog

9 comentários:

Anónimo disse...

Engraçado que me revi neste poema! Mais uma vez os meus parabéns devia de editar um livro. Um grande bem HAJA!

Isabel Torres disse...

Não está sózinha na sua dor, hoje em dia esta dor é quase universal. muito sentimento.........faz pensar.

Luis vaz disse...

tanto realismo até dói.
continue assim.

Alberta Góis disse...

devo dizer que sou leitora assídua deste espaço, quero que saiba que me tem feito muita companhia. A Olinda juntamente com o Vasco de Sousa são
uma dádiva.

B. Magalhães disse...

descobrir como descobri boa poesia, é uma emoção

Alvaro Santos disse...

Realmente muito bom.

Gil Alves Macedo disse...

Mas é mesmo um soneto muito bom,


Gil Alves Macedo

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

ena pá nestas coisas do amor até estremeço todo, este poema arrepia-me todo, fico assim um bocado zonzo.

Lúcia Bernardes disse...

A tarefa de comentar apresenta-se muito dificil pois cada poema é tão arrebatador quanto o outro.