quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

De repente em meu seio caiu neve,
gelou-me a nudez do meu pranto.
Sortes negras mudas de espanto,
desse gesto longo e tão breve.

Desnecessária seria essa frieza.
Já que o meu sangue quente
dói que baste, gesto ausente.
Lúcida e incómoda é a tristeza.

E se não fosse por Deus,
Juro que teria desmaiado…
Nesse doce abraço da morte.

Que a fé que tenho é por sorte,
O braço que me tem amparado,
E me liberta dos pesadelos maus.

Olinda Ribeiro
Soneto enviado por uma leitora do blog

9 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns! Que poemas lindissimos! E concordo plenamente que a nossa Fé nos apoia! Eu tb tenho a minha Fé mas tenho tb alguem que ampara quando preciso!

Isabel Torres disse...

É a Fé que nos move e nos dá força, para viver um novo dia. Espero que essse dia chegue bem depressa para si.

Luis Vaz disse...

muito bonito e bom

B. Magalhães disse...

se soubesse que encontrava poesia tão boa num blogue já tinha visitado há mais tempo. Vou comentar todos os que puder e prometo ser mais assíduo.

Alvaro Santos disse...

Ainda bem que vim ao blogue, assim posso ler e voltar a sentir esta emoção.

Alberta Góis disse...

Olinda, nem sei que diga, é tão
verdadeira que fico sem palavras.


Agradeço A Vasco de Sousa

Gil Alves Macedo disse...

Excelente este soneto, começo a perceber porque a minha amiga gosta tanto desta sra.


Gil Alves Macedo

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Sou um homem com muita fé, e este poema é muito bom.
e a sra escreve muito bem, e vou passar a ler mais vezes.

Lúcia Bernardes disse...

Boa tarde, aqui estou eu no principio, deixo-me levar e vou sentir cada poesia sua encher o meu peito de saber.