domingo, 6 de maio de 2012

Engano do amor

Há muito tempo que nos céus se fez a guerra
Quando o amor buscou a sua independência
Convicto, bradou firme, por eloquência:
"Saudade, solidão... Não quero mais na Terra!"

Determinado, o amor fere, não erra!
Fez dizimadas as dores, sem resistência
Angústias, ilusões, mágoas, com violência
Foram vencidas, pois poder nele se encerra!

Porém, tempos depois, notou-se enganado
O homem desde então, quando apaixonado
Tornou banal, fugaz, o nobre sentimento

Às lágrimas, se faz forte, grande e repleto
E concluiu que só diante o sofrimento
Só dolorido o amor se faz completo...

2011 Carlos Gomes
Soneto enviado pelo autor para publicação

13 comentários:

maria da luz alves tavares disse...

Olá Carlos bem vindo,

Eu acho que sim que o amor é dorido, mas também é felicidade, se fossemos felizes 24 horas por dia como poderíamos apreciar a felicidade?
Ao longo do dia sentimos várias emoções... apreciemos cada uma delas.

Alberta Góis disse...

Então temos mais um parceiro.

Felizmente há espaço para todos.

O Amor que desfaça o engano que eu não gosto nadinha de sofrer.


Sou a prima Alberta

Anónimo Assumido disse...

boa noite,
resistir a um sentimento banal que magoa angustia e desespera parece não ser opcional...
gostei do soneto
Anónimo Assumido

Alentejano dos 4 costados disse...

Ah temos um autor novo...
não está nada mal nã senhor...

João Pragal Torres disse...

deve ser por esta razão que se sofre por mal de amor...

Júlio Bastos D`Orey disse...

Um soneto bem conseguido. Gosto.

Anónima Reconhecida disse...

Para já parece que sim que sabe escrever bem, pelo menos este soneto assim o demonstra.

Mariazinha disse...

o amor tem destas coisas...

O soneto está muito bem.

Filipe Nóbrega e Mello disse...

Tem sentido o amor e o engano, deve ser por essa razão que perdemos a razão quando ficamos apaixonados!!!

Eliana Santos Silva disse...

Gostei do soneto, bem vindo.

Delfina Lonte freitas disse...

Boa noite

Bem estruturado e alinhado, lê-se com gosto.

João disse...

não vou pedir desculpas por não perceber o soneto.... por um lado parece um grito de prisioneiro ... por outro um chorão queixinhas...acabei por não perceber se o amor cura ou magoa...

João

Isabel disse...

Este lindo soneto foi quase de certeza escrito num momento de muita tristeza e amagura, a vida tem destas coisas, mas todos nós adoramos a vida, porque a vida é bela.