quarta-feira, 1 de junho de 2011

Porque vos amo

Sinto remorsos, quando perco a paciência,
Por vezes sei que estou em falta, ausente.
Mesmo assim, entre nós não existe distância,
Contam comigo, incondicionalmente.

Brotam-me as lágrimas com facilidade,
Quando me lembro desses olhitos brilhantes,
Essas lindas caritas de felicidade,
Pequenos gestos que são para mim gigantes.

Quando tocam lindas músicas para mim,
Com esses vossos mélicos mimos me abraçam,
Quando o vosso dia na escola me contam.

Momentos em que as lágrimas caem sem fim,
Abençoado pela graça recebida.
Porque vos amo. Porque são a minha vida.

2011 Vasco de Sousa
Aos meus filhos, o meu orgulho e a minha vida.
Que sejam sempre crianças, no vosso espírito.

17 comentários:

Olinda Ribeiro disse...

Os nossos filhos um mundo repleto de vida em constante florescência.
E como gostaríamos que eles ficassem eternamente crianças, principalmente quando temos receio que cresçam e se percam pelo caminho.....
No final só podemos esperar que eles saibam que os amamos incondicionalmente, e que estamos presentes para rir e chorar com eles, alegrarmo-nos pelos triunfos, e ajudá-los a recuperar das quedas.

Um belíssimo soneto, que muito encherá os seus filhos de orgulho,
e ficará para a posterioridade como um mimo de pai extremoso.


Olinda Ribeiro

Gil Alves Macedo disse...

Como pode constatar quando escreve com o coração acontecem destas coisas.
Parabéns também sou pai e sinto exactamente o mesmo.

Gil Alves Macedo

Delfina Lonte Freitas disse...

Boa noite Vasco de Sousa
o exemplar perfeito da presença paterna, e mostra que sabe escrever ainda melhor quando deixa o coração há solta.
Um abraço


Delfina Lonte Freitas

Zézinho disse...

Sr poeta o sr também sabe escrever com muito sentimento e ternura e gosto muito deste poema aos seus filhos porque também tenho e sou muito preocupado com eles é muito bonito.

Zézinho

Alberta Góis disse...

Então não é que o nosso Vasquinho
também se afoita na escrita paternalista!!! Muito nos conta!
É bonito de se lêr, digam lá se é ou não é? Claro que é!
Muito bem Vasquinho!

Alberta Góis

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Porque é pai!
Simples resposta!
Grande sentimento!

José Manuel Antunes disse...

Ora muito bem isto está cada vez melhor!
É inegável que este blogue está tão em alta que qualquer dia precisamos de subir a escada para ficarmos ao mesmo nível.
Muito bonito!

J. M. Antunes

Victor Gonçalves disse...

Assim é que eu gosto estamos em constante movimento!
E aqui se resolvem muitos problemas interiores, parece que estamos numa sessão geral de terapia.
Estão a ver como a coisa resulta!

Victor Gonçalves

Leonardo Brito disse...

Bom dia Vasco de Sousa,
É inegável que escreve bem, nos seus anteriores trabalhos tem vindo a revelar um maior crescimento, porém tenho de realçar
que desde que trouxe até nós a estimada Olinda Ribeiro (e porque não acredito em coincidências), nota-se um crescimento interior que se revela em si trazendo-nos mais o seu verdadeiro eu, este soneto reflecte exactamente o que digo, pois a sua excelente poesia está agora muito mais madura e envolvente. Só me posso congratular e dar-lhe os parabéns por a sapiência demonstrada. Pois é sempre de louvar quando nos empenhamos em fazer mais e melhor.
Como sempre é só a minha análise e opinião.

Leonardo Brito

Anónimo disse...

Por mim até gosto de afirmar que este poeta está a evoluir e a ficar cada vez mais profundo e interessante... está mais liberto..
muito bom
Um anónimo muito assíduo e agradecido

Helena Ribeiro Telles disse...

:) :) :) :) :) :)

***************************

Pai babado

Helena

Maria Luísa Salgueiro disse...

Muito bom e bonito!
Ainda bem que tem consciência de si, e do que é realmente relevante
e importante na vida.

M. L. Salgueiro

Alvaro Santos disse...

Estimado Vasco Sousa,
Agora até sinto que fazemos todos parte de uma família, pois este seu entregar-se liberto de condicionalismos, deixa que se sinta toda a sua fragilidade enquanto pai e ser humano.
Parabéns ao poeta e ao homem!

Alvaro Santos

Antónia Matos Neves disse...

Pois então não é que finalmente a
poesia ganhou neste espaço um estatuto de primazia, embora seja um espaço dedicado há poesia, e contendo da melhor poesia alguma vez lida, parecia que estava cada um pra seu lado, mas de há uns tempos a esta parte até parece que somos todos um só. Estamos todos mais despidos de preconceitos e falsos moralismos ou medos de nos expormos. Por mim todos estamos de parabéns.

Antónia Matos Neves

Marina Salema disse...

Dou-lhe os meus parabéns por escrever aos seus filhos, fui criada sem a presença do meu pai e só eu sei a mágoa que essa dor me causou, é por essa razão que defendo que os pais têm o dever de estar sempre presentes na vida dos filhos, mesmos que o respectivo casal siga caminhos opostos. Uma casal termina uma relação entre eles, mas nunca com os filhos.
Acho que os seus filhos lhe vão agradecer por todo o amor que lhes dá e também por este belo soneto.

Tereza Assis Macedo disse...

olá sr pai... um gostinho para os seus filhinhos, e uma ternura para quem o lê.

Tereza Assis Macedo

Anónimo disse...

O amor Paternal e baboso.

B B