segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Papão

Começou a noite. Um dia que acabou.
Agarra a minha mão, vamos viajar.
Não te assustes, que ao pé de ti estou,
Pelo mundo dos sonhos te quero guiar.

Chegou a hora das orações, meu querido,
Não te esqueças de todos incluir nelas.
Aconchego-te, protejo-te do pecado,
E afasto o papão das janelas.

E se sentires monstros debaixo da cama,
Dentro do armário, na tua cabeça,
Então agarra a almofada com força.

Estou aqui para te proteger. Sem drama !
Quero que este meu amor te fortaleça,
Ao acabar da noite, começa a esperança.

2011 Vasco de Sousa

20 comentários:

Alberta Góis disse...

Boa noite Vasquinho, ainda bem que temos quem nos proteja do papão.
Gosto quando escreve com carinho.

Alberta Góis

Joana Fernandes disse...

Boa noite Vasco de Sousa, é muito bom quando temos os dois poetas a mimar-nos. Este é um rico mimo.
Acho maravilhosa a vossa poesia.

Joana Fernandes

Victor Gonçalves disse...

Ora então muito boa noite, assim até dá gosto vir a este espaço. O Vasco de Sousa tem um estilo muito próprio, e tudo fica mais composto.

Victor Gonçalves

Mariazinha disse...

O papão já saiu de cima do telhado, e agora o menino, pode dormir um soninho descansado. Pai baboso e protector.
É bom saber que além de bom poeta é uma pessoa "vulgar".

Mariazinha

Maria Luísa Salgueiro disse...

Realmente o Vasco quando quer... quer mesmo!


M. L. Salgueiro

Leonardo Brito disse...

Boa noite Vasco de Sousa, ainda bem que hoje voltei a este espaço, é muito agradável sentir que quando se deixa "embalar" o poeta aparece.
Por vezes acho que não se dá o devido valor a si próprio. Mas na minha modesta opinião, devia apreciar-se mais. Quando se solta e deixa os sentimentos falarem, a sua poesia ganha vida.

Leonardo Brito

Zézinho disse...

muito carinhoso este soneto o seu filho quando crescer e ler estas poesias vai ficar muito sensibilizado
é muito bom dizer aos nossos filhinhos que os amamos

Zézinho

Olinda Ribeiro disse...

.... Sei muito bem o que é este sentimento de protecção, ficamos super-homens-e-mulheres, quando se trata de proteger os nossos filhos.
E é muito bom ler a sua poesia.
Um grande abraço

Olinda

José Manuel Antunes disse...

Bom dia Vasco de Sousa, que pena não poder fazer o mesmo com o nosso amado Portugal, protegê-lo desta imensa cambada de papões, e devolver-nos a esperança.
Um abraço

J. M. Antunes

Alvaro Santos disse...

Aqui está um excelente soneto com a assinatura de um grande poeta.


Alvaro Santos

Santos Onório disse...

E se dúvidas houvesse....
Aprecio um homem dedicado a quem ama,
nada nos faz sentir mais realizados.

Santos Onório

Tereza Assis Macedo disse...

Está muito simpático e ternurento.


Tereza Assis Macedo

Anónimo disse...

Muito carinhoso.

Lino

Luis Vaz disse...

Boa tarde SR Vasco de Sousa

Embora não pareça, tenho constatado que a sua poesia é realmente intima dos vários sentimentos que habitam o nosso interior, muito erra quem não
sente a sua sensibilidade e a sua partilha.
Talvez por ser homem, não estejamos, tão abertos a reconhecer o seu talento, erro grasso o nosso, pois o talento não tem género masculino/feminino.
Porém como homem de carácter e sapiente, sei que se congratula pelos mimos dedicados há sra Dª Olinda, que além de merecidos, também nos ajudam a apreciar e entender melhor a sua poesia, pois que os dois excelentes poetas são como as duas faces da mesma moeda.


Luís Vaz

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Gosto muito de alguma poesia deste poeta, tem trabalhos excelentes, porém nem todos me agradam, no entanto reconheço que alguns são mesmo muitíssimos bons. Não sou expert em poesia, mas sei do que gosto. Este soneto por exemplo, por ser tão carinhoso e delicado, deixa-me um sorriso nos lábios, mas não faz com que o leia repetidas vezes. Outros poemas há que leio amiudadas vezes porque me complementam.

Eduardo Cunha Rêgo disse...

É exactamente a esta boa poesia que me refiro, escreve lindamente apreciamos, elogiamos, mas eu não sinto que tivesse sido escrita nem para mim nem por mim.
espero Sinceramente que me compreenda, e que não fique desiludido com a minha opinião.

Eduardo Cunha Rêgo

Antónia Matos Neves disse...

Quando a ternura fala...pouco mais há para dizer.....

Anónimo disse...

muito prazenteiro e também acho engraçado um homem que gosta de acompanhar os moços nos seus medos
é bom um filho saber que o sê pai está ali pra ajudar e abraçar.


Alentejano dos 4 costados

Marina Salema disse...

Também gosto muito.

Maria disse...

Carinho e ternura cai como ginjas...