sábado, 11 de junho de 2011

Guerra

É verdade, ou estou a sonhar ?
Não me consigo lembrar de nada…
Por dentro, apetece-me gritar,
A boca permanece fechada.

Esta guerra tudo me destruiu.
Quero acordar. Não consigo ver
como todo o meu corpo ruiu.
Apenas dor. Na maca a morrer.

Por um tubo sou alimentado,
Ligado a todas as máquinas.
Respiro. Quero desaparecer.

O mundo foi. Estou isolado,
Aprisionado em lágrimas.
Não posso viver. Não quero morrer.

2011 Vasco de Sousa

18 comentários:

Anónimo disse...

Que coisa tão tétrica, desculpe mas estes dois últimos sonetos que escreveu são arrepiantes,
Lamento muito que se sinta assim... o melhor é pedir ajuda....

Alberta Góis disse...

Vasquinho, eu sou uma pessoa mais colorida gosto da vivacidade das flores e do arco-íris, gosto de si, mas se o Vasquinho sente mesmo o que escreveu, então fico triste por mim, e preocupada consigo

Alberta Góis

Lucas Caeiro disse...

Estamos sempre a aprender.
Ficámos a saber que o nosso poeta é admirador de uma filosofia mais ligada
a um certo conceito mais sombrio.
Nada de mais!
Se é assim que ele se identifica, se é isso que o faz sentir-se bem com a sua pessoa, acho muito correto que se assuma.
Para alguns leitores poderá parecer, que é mais sinistro e até assustador, mas não tem nada de pejorativo.
Foi bom, porque pelo menos agora entendo melhor a razão porque sempre me pareceu que a sua poesia tinha uma roupagem que não era condicente com a sua personalidade.
Também convém relembrar que o próprio
autor já revelou que muitas vezes o que escreve não tem nada de real, provém muitas vezes do imaginário.

Importante é que ele esteja bem.


Por mim gosto de filosofias mais alegres e menos gritantes....
mas cada um é como cada qual.
felizmente temos opções.

Alexandra Monteiro De Barros disse...

Respeito os seus gostos e estilos.
Pessoalmente não sou apreciadora de guerras nem de trevas dark ou do tétrico....
Mas não posso dizer que a sua poesia, não seja real é apenas diferente.
Tem até poesia muito boa.

Alexandra Barros

Joana Fernandes disse...

Vasco de Sousa,
Isto é mesmo assim? Ou é apenas uma forma de agitar um bocado as coisas?
Este espaço é seu, portanto tem o direito de o usar como melhor lhe aprouver.
apesar de ser muito ensombrado, este soneto até dá que pensar.

Joana Fernandes

Dário Santareno disse...

Acredite que não estou a gozar, mas acho este texto um bocado a atirar para o hedonismo, não sei se é pretensa sua chocar alguém ou se é uma fase, mas resolva lá o assunto, que aprecio bastante a sua poesia, e
gosto de sentir que temos um poeta ao nível da nossa poetiza.
É que o Vasco de Sousa é o nosso representante masculino na área das letras. E sempre me senti muito orgulhoso de si.

Dário Santareno

Maria Luísa Salgueiro disse...

Fique tranquilo está a sonhar!!!


M. L. Salgueiro

Sargento Ferreira disse...

Vasco não está a sonhar coisa nenhuma, chiça que está é com um pesadelo daqueles bem grandes, oh homem acorde que até me assustas


Sargento Ferreira

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Eia o que para aqui vai...O Vasco está tão tétrico que me deixou todo arrepiadinho.... se já estava com sono ... fiquei cá com uma espertina..
estou bem acordadinho! Livra mas que pesadelo!

Leonardo Brito disse...

Qual é a necessidade de tanto tetricismo?
Real?
Ou fantasmagórica?

Por mim esta imaginação é uma boa receita para aliviar o stress,
sabemos que estamos vivos, mas se nos sentimos mortos-vivos, então há que vestir a personagem que nos perturba, sermos o protagonista, realizar o filme, depois despir a personagem e seguir em frente.

Um abraço

Leonardo Brito

Sidóneo Junqueiro Pais disse...

Puxa homem tenha lá dó da gente que isto até pode matar mesmo a sério, provoca um ataque cardíaco que um gajo
vai desta pra outra.

Sidóneo Junqueiro Pais

Paulo Sousa disse...

Vasco esta cena até está muito bem apanhada, é preciso ter uma imaginação
do caneco pra escrever tão terrificamente...
Infelizmente o que está descrito é até muito real, em qualquer hospital se pode assistir a este quadro.

Paulo Sousa

Lurdes Almeida Perestrêlo disse...

Ai que o nosso querido poeta está maluquinho de todo, mas oh Vasco então isto é lá coisa que se escreva?
Pior é lá coisa que se sinta?
Só pode estar a gozar com o povinho!
Felizmente isto costuma a passar com uma "trolitada" na cabeça, ou então beba um copito de água com açúcar que dizem acalma os nervos!!!!
Pronto envio-lhe um beijinho pode ser que ajude.

Victor Gonçalves disse...

Este nosso poeta sai-se com cada uma...
O que vale é que aqui há gostos para todos....
este é para os mais sombrios e dramáticos...

Um abraço

Victor Gonçalves

Vasco de Sousa disse...

Caros leitores e amigos:
Tétrico para mim é um qualquer telejornal, ao longo da semana, onde imagens destas ou piores são descritas com a banalidade que não merecem.
Descansem, não sou eu que preciso de ajuda, mas sim quem envia para a guerra inocentes que não o pediram, quem joga esses jogos de poder com a vida dos outros. Esses sim, são os que precisam de ajuda.
Apenas me limitei a retratar uma situação real.
Quando pensamos nela, durante algum tempo, parece-nos mais sombria. Quando as vemos na televisão enquanto engolimos os cereais, parece-nos um filme com uns belos efeitos especiais.

Bem hajam
Vasco de Sousa
P.S. - Agradeço a vossa preocupação comigo, que me deixa deveras emocionado, mas garanto-vos que nada têm a recear.

Olinda Ribeiro disse...

Estimados amigos e leitores fiquem tranquilos que o Vasco de Sousa está muito bem e recomenda-se.
É até muito saudável, a introdução de outros estilos poéticos, ajuda até a mexer e a dar-nos outras perspectivas.
Infelizmente existem variadíssimos tipos de Guerra, e, em guerra estamos todos, por vezes até connosco próprios temos atritos.
Louvo até a inteligência do Vasco de Sousa agitar um bocado o nosso interior, há quem fique chocado, quem ache que é demasiado medonho, etc etc etc...
A minha opinião é que ele só quis provocar reacções a situações que deveriam ser tratada com dignidade e são desprovidas do que é um direito adquirido.
Meus amigos abram as mentes e libertem esses fantasmas e medos que não têm razão de ser.
Beijinhos e abraços para todos.

Olinda

PS: Foi este o comentário que enviei, minutos antes de lhe enviar o email sobre a agitação e preocupação de alguns leitores.
Pena que se tenha perdido, mas alguns leitores que comentaram mais ao menos ao mesmo tempo que eu também não os vêm publicados, mas como não mos encaminharam, não tenho como devolvê-los a si. Mas podem sempre voltar a comentar directamente para o espaço, e hoje até parece que as coisas estão a chegar aí.

Anónimo disse...

oh home dexe lá estas coisas das guerras e dos traumas e venha mas é beber um copito prá animar
ena pá questes versos até abalam um alentejano rijo como eu


Alentejano dos 4 costados

Flávia Solero disse...

não gosto não

Flávia Solero