quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amor proibido

Outrora, era eu uma moçoila,
Que ria e cantava ao desafio,
Banhava-me nas águas do rio,
Corria entre vermelhas papoilas.

Brindava ao sol e aos ventos,
Enfeitava-me com amoras e uvas,
Bailava ao ritmo das chuvas,
Inventava poções e encantamentos.

O tempo voou e perdi a graça,
Deixei de ser, não sei quem sou.
Num ápice deixei de acreditar,

Naquela esguia e bela garça,
Flor que o tempo desencantou,
Sem vida nem direito de te amar.

2011 Olinda Ribeiro

21 comentários:

Alberta Góis disse...

Minha querida Olindinha, a frescura dos seus sonetos, são como a brisa a embalar as flores do campo.
Simplesmente maravilhoso.

Alberta Góis

B. Magalhães disse...

Olinda
gostava de saber como lhe sai esta compostura poética.
Este soneto é gracioso e absolutamente perfeito.

B. Magalhães

Eduardo Cunha Rêgo disse...

Boa noite estimada poetiza,
os seus sonetos são tão harmoniosos, que até parece que estala os dedos e aparecem escritos.
Toda a sua poesia é uma sinfonia de palavras que até podemos dançar ao ritmo dela.

Um abraço

Eduardo Cunha Rêgo

Joana Fernandes disse...

Ai Olindinha que saudades que já tinha de dar aqui um saltinho.
Este soneto deixa-me completamente
a flutuar.
Um grande beijinho

Joana Fernandes

Hugo Santiago disse...

Estimada Poetiza,
Sou um fervoroso apaixonado por sonetos.
Tenho para mim que sendo sonetista
por excelência, se diverte escrevendo outros géneros só para
não se deixar embalar pela rotina.
Já analisei e desmantelei todos os seus sonetos, até os sintetizei com pautas musicais, comparei-os com os mais consagrados poetas, inclusive, tentei descobrir se a sua musa inspiradora seria a grande Florbela Espanca, e acabo por concluir, que afinal é muito mais simples. Não adianta procurar o que não existe. O mérito é só seu.
A Olinda Ribeiro inspira-se na Olinda Ribeiro.
Sabendo eu como é difícil a simetria do soneto, fico todo embevecido porque a Olinda Ribeiro é 1000 por cento produto nacional!

Hugo Santiago

Tereza Assis Macedo disse...

Olá Olinda,
entre as muitas coisas que aprecio em si, há uma característica sua que se destaca, é que a Olinda quando escreve, escreve para si, pouco lhe importa se as pessoas gostam ou não. E é esta lealdade há sua pessoa que me atrai.
Já percebi que aplica o sábio provérbio: - Só posso respeitar os outros se me respeitar 1º a mim!
Como já esclareceu várias vezes, fica grata por a apreciarmos, mas mais gratos ficamos nós por SE partilhar connosco.
Um beijo e abraço tão profundo e belo quanto este soneto.

Tereza Assis Macedo

Dário Santareno disse...

Gostava de berrar e de espernear,
de negar tudo o que sinto.
Mas como posso fazer isso, se de cada vez que leio a sua poesia, tudo grita dentro de mim.
Quem inventou o amor, devia de ter muito ódio ou então ser sádico.
É que em nome do Amor andamos a chorar pelos cantos e a cometer as maiores atrocidades.

Dário Santareno

Luis Vaz disse...

Bom dia estimada Exma Sra Dª Olinda Ribeiro

O prazer e a rara beleza deste soneto, está exactamente no despretensiosismo. Há quem tenha dificuldade em escrever sonetos, em si é tão espontâneo e natural, que até parece fácil.
Provavelmente porque para a Exma Sra é fácil, em vários sonetos reparei, e no geral em toda a sua poesia, que escreve o que sente, mas sem dar grande ênfase á rigidez das regras, será esta a razão porque tudo resulta tão natural, simples, harmonioso?
Quem conhece a estrutura e a simetria soneasta, que é bastante rígida, repara fácilmente que afinal cumpre com todas as regras, pelas quais se rege a estrutura do soneto.
Não sei como o faz, mas que resulta na perfeição é inegável.
Um grande abraço e o meu muito obrigado pelas lições maravilhosas que me vai ensinando.

Luís Vaz

Alexandra Monteiro De Barros disse...

Estou espantada, então andam todos
a feriar e deixam para mim a inauguração deste belo soneto.
Colegas leitores obrigada por me darem a primazia.
E que magnifico soneto!
Que lembranças da minha juventude, que memórias das valentes constipações por correr e brincar há chuva....
que tempos saudosos!
Cara Olinda a gratidão que lhe devoto por este momento tão saboroso,
só é comparável há grande beleza da sua poesia.

Muitos beijos e muitos abraços.

Alexandra Barros

António Vasco Guedes disse...

Rainha do meu reino, atordoas os meus sentidos. Quero amar-te eternamente.
Quero envolver-te no meu viver.
Quero simplesmente dizer-te ao ouvido, que te amo e sem ti minha vida é uma vaga existência.
És tu o meu amor proibido.

Olinda peço-lhe que não se ofenda com as minhas palavras, mas é exactamente assim que as sinto no meu peito.

Estarei Louco?!
talvez esteja!
Como poderei amar alguém que nunca vi?
Mais, como é que umas simples palavras escritas me provocam tais sentimentos?

A resposta afinal é muito simples, a Olinda escreve como sente e eu sinto tudo o que a Olinda sente.


António Vasco Guedes

Acácio Almada disse...

Tenho a certeza que as papoilas se sentiam felizes por a Olinda serpentear entre elas, e as águas do rio coravam de timidez, a natureza
brilhava com esplendor porque sabia que a Olinda a fazia mais vibrante e formosa. A sua poesia revela o encanto da inocência e a grandeza de amar.

Zézinho disse...

Muito bom este soneto e a sra poetiza
vai ser sempre uma flor muito bonita e perfumada.

Zézinho

José Manuel Antunes disse...

Boa noite prezada poetiza, muito bonito este soneto, cheio de SI.

Um abraço

J. M. Antunes

Helena Ribeiro Telles disse...

Está muito :) :) :) :) :)
e deixa-me toda a *****************
*********

até pareço uma ~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~
gigante

Obrigada

Helena

Leonardo Brito disse...

Dª Olinda
apetece-me abraça-la e dizer-lhe que a sua poesia é absolutamente proibitiva a quem não sabe amar.

Leonardo Brito

Maria Costa disse...

Olinda

Grata por expressar e espelhar a sua alma, escreve porque isso a completa.
É realmente uma grande poetiza!


Maria Costa

Mariazinha disse...

Ai Menina que me deixa toda cheia de tremores e fico + que anestesiada.
Sabe que nós mulheres somos muito sensíveis ao amores proibidos.

Anónimo disse...

Os poetas têm destas coisas, amam como o mais comum dos mortais, sofrem
como qualquer pessoa, e têm por hábito ser iguais a todos nós.
Agora só nos resta descobrir em que residem as diferenças....

Anónimo Assumido

Alvaro Santos disse...

Pois ultimamente andamos com muitas
proibições, felizmente aqui neste espaço poético, o proibido é mais apetecido.

Um abraço

Alvaro Santos

Maria Luísa Salgueiro disse...

os amores proibidos têm o sabor da nossa fogosidade...
Quem não sentiu um amor proibido, perdeu uma boa dose de arrebatada paixão e desejos imponentes.
Devia ser obrigatório.

Um beijo

M. L. Salgueiro

Carlos Augusto disse...

Boa noite minha amiga, não sei por onde tens andado, mas já percebi que o teu coração anda muito palpitante.

já sei que a tua mãe melhorou, dá-lhe um beijinho meu, e por favor responde-me ou atende o tm
Andas muito marota

Carlos augusto