sábado, 14 de maio de 2011

Mal-amados…Mas heróis.

Nós os mal-amados
Acalentamos estoicamente
A esperança de receber
O que sabemos nunca chegará,
As palavras que ansiamos ouvir,
As respostas que procuramos,
Amor de quem amamos secretamente.
O retorno do que semeámos,
Das mensagens que passamos.
Temos até receio que vasculhem,
O nosso interior e descubram,
Que a força que aparentamos ter,
É somente um mecanismo de defesa,
Para nos escudarmos a nós próprios,
Das sensações que sabemos ser ilusórias.
Dou comigo a dizer que amo,
A quem sei nunca me amará.
Exponho-me assim porque
Acalento o sabor de poder
Vir a saborear o êxtase de um
Momentâneo sorriso.
Sei que nunca receberei
Beijos apaixonados da tua
Boca tentadora,
Que não dormirei nos teus braços,
Que não me aconchegarás
No teu coração.
Nós os mal-amados
Vivemos do imaginário.
Conhecemos e deambulamos
Pela realidade irreal
De saber quem somos
E o que sempre teremos.
Só os sonhos são nossos,
Só os fogos-fátuos brilham
Para nós como estrelas.
Nós os mal-amados
Somos mal-amados
Porque amamos
INCONDICIONALMENTE

2011 Olinda Ribeiro

27 comentários:

José Meneres Pimentel disse...

Estimada Olinda, tenho os olhos marejados de lágrimas, e o coração ficou mais reconfortado com este poema, a solidão que a vida me impõe por razão de um grave acidente, faz-me muitas vezes querer desistir, porém tenho encontrado muitas compensações neste espaço, e mais concretamente nas suas palavras.
Pela preciosa ajuda e companhia o meu muito obrigado.


José Meneres Pimentel

Maria Costa disse...

Mas o que é que se passa agora temos que enviar os com. para si? e depois a Olinda faz o reencaminhamento?
Não estou a perceber nada disto!
Bem seja como for gosto muito deste poema, mexe muito com o nosso estado de alma.

Maria Costa

Vasco de Sousa disse...

Gostaria de esclarecer os estimados leitores, que todos os comentários a publicar no blogue devem ser enviados através do próprio, seguindo a hiperligação que se encontra no fim de cada um dos poemas.
Aproveito ainda para agradecer o vosso incentivo e pedir desculpa pelos meus raros comentários, a que a minha falta de tempo me obriga.

Boas leituras.
Vasco Sousa

Gil Alves Macedo disse...

Estimada poetiza

Nas suas palavras, perco-me, encontro-me, e sinto emoções que por vezes me fazem questionar até quem sou na realidade.
Um abraço

Gil Alves Macedo

Alberta Góis disse...

Ai Olindinha,
nunca pensei que uma mulher me fizesse bater o coração tão ardentemente, já me fez pensar e sentir muitas coisas, mas este poema está de arrasar, já agora ao meu grande amor e companheiro na vida, aprenda aqui com a nossa poetiza que se ás vezes me sinto mal-amada é por te amar incondicionalmente!
Um grande beijo para os dois.


Alberta Góis

Leonardo Brito disse...

Magnifico!
Bem haja

Leonardo Brito

B. Magalhães disse...

Dª Olinda

A sra deixa-me sem respiração!
Como é que consegue dominar tão apaixonadamente tantos e variados estados de alma.

B. Magalhães

António Vasco Guedes disse...

Por muito felizes e sortudos que sejamos no amor, há sempre momentos de desamor, a Olinda Ribeiro tem alma de poeta e sensibilidade de mulher apaixonada pela vida, e por tudo e todos que dela fazem parte, até eu por vezes me sinto tentado a dizer que tenho a certeza absoluta que quando escreve se dirige directamente
a mim, sei que é impossível, pois só interagimos neste espaço, mas, sinto
uma emoção tão grande, que por vezes até confundo a realidade.

António Vasco Guedes

Lurdes Almeida Perestrêlo disse...

Boa noite estimada Olinda,

Acredito em cada sensação aqui descrita, também acredito que nos leva ao limite máximo de nos descobrirmos interiormente, a Olinda faz isto tão espontaneamente, que lhe coloco a seguinte questão,: Tem a noção que ao abrir esta porta da sua introspecção interna também nos leva por arrasto?

Por mim agradeço pois poupo dinheiro
no psicólogo.

Bem haja

João disse...

Estou sem palavras e completamente arrebatado!

João

Mário Rodrigues de Sá disse...

Muito bom dia,

O meu nome é Mário Rodrigues de Sá,
sou de Gaia, há já + ou - 1 ano e picos que navego por este espaço, e por outros a ele associado, sempre li tudo com muita atenção e fui apreciando, hoje ao ler esta composição de cariz poético, não resisti a comentar.
Deixou-me profundamente anestesiado, até fiquei embargado, pela 1ª vez na minha vida me senti como que abalroado por uma força cósmica que me desintegrou e me deixou espalhado pelo espaço em miríades de partículas.
Não sei se agradeça ou se grite que isto não se faz a um homem de fibra, que sabe muito e bem o que quer e não se deixa intimidar com palavrinhas ou sentimentos, até hoje sempre controlei mente e coração racionalmente, e esta sra Poetiza escreve uma composição poética destas e deixa-ma completamente há
deriva.
Por muito que leia não acredito nesta vulnerabilidade a que repente me sinto exposto.
Portanto tenha lá mais cuidadinho com o que escreve que eu quero continuar a ser de aço e preferencialmente inabalável.

Maria Luísa Salgueiro disse...

Boa tarde estimada Olindinha,

Este poema está como o dia quente mas ventoso, abana todo o nosso interior, atrevo-me a dizer que é um autêntico,
furacão.
Gosto muito porque também eu sou uma apaixonada que ama Incondicionalmente.
Maravilhosamente fantástico!

Um grande beijinho

M. L. Salgueiro

Antónia Matos Neves disse...

Olá Olinda,
Gostava de saber o que dizer, mas de facto ainda estou a digerir este doce amargo que é um lavar de alma.
Muito obrigada pela partilha, já li muita intimidade sua, mas este poema ultrapassa os limites de tudo o que já foi aqui transcrito!
Um terno e carinhoso abraço.

Antónia Matos Neves

Joana Fernandes disse...

Minha amiga Olinda,

Gosto particularmente de toda a sua poesia, gosto de rir e confesso que também gosto de quando me faz chorar.
Gosto de tudo o que escreve.
Gostava de ser eu a escrever assim, mas ao mesmo tempo ainda bem que é a
Olinda quem escreve porque assim tenho o prazer supremo de ler a minha alma descrita pela mão de outra alma, e não conheço quem o pudesse fazer melhor.
Um beijo

Joana Fernandes

Anónimo disse...

Minha sra os olhos traem o esforço
hercúleo que faço para não chorar.
Muito bem haja pela verdade de todas e cada uma das palavras aqui escritas.

Anabela Pina disse...

??????????????? !!!!!!!!!!!!!!!
vamos lá com muita calma...
nem sei o que sentir...
porque sinto tudo e fico apalermada.
Mas descanse que também sou das anónimas que por cá ando há muito tempo, leio o que escrevem e vou andando sem nada dizer, nunca me deu para a escrita, mas concordo que escreve muito bem,
Já que sou Mal-amada e heroína, também passo a assinar com o meu nome.
Fica a obra mais compostinha.
E os amigos que sabem e a quem recomendo este espaço, que vêem a partir de agora o meu nome , podem gozar comigo há vontade que eu estou com a pica toda e até me sinto muito orgulhosa deste Pequeno passo.
Sra poetiza, parabéns e obrigadinha pela força e pelo esclarecimento.


Anabela Pina

Anónimo disse...

oh senhora escritora olhe que este poema parece assim a modos que um coice de mula bate forte e deixa a gente todo atonteado e nem sabemos o que é que mordeu no animal olhe tou a modos com uns tremidos

Luis Vaz disse...

Exma Sra Dª Olinda Ribeiro

Nas suas palavras entrelaço o apogeu de quem ama e o amargo sabor de uma
divina comédia.
Rir e chorar faz parte.
Sou orgulhosamente e genuinamente Português, Orgulho-me de amar bem a minha Pátria, ainda que e a minha Pátria faça de mim um mal-amado.
A Si caríssima Srª a minha profunda admiração por escrever um excelso poema de amor dedicado ao nosso amado
Portugal.
E sim concordo consigo apesar de mal-amados somos sem duvida Heróis!


Atenciosamente

Luís Vaz

José Manuel Antunes disse...

Estimada poetiza

Exactamente há 3 dias que ando a ler e a digerir este poema, já senti tudo o que tenho para sentir, mas está qualquer coisa engasgada que não consigo descrever.
Será que me faltam os termos apropriados ou será da comoção?

Um abraço

J. M. Antunes

Alvaro Santos disse...

Olá Dª Olinda,
Não sei porquê mas tenho a certeza de já ter comentado este poema.
Bem o importante é que saiba como me tocou e como foi importante ler repetidas vezes este poema, é que quando a Olinda escreve tenho que estar muito atento e ser muito perspicaz, pois por vezes é fácil perdermos o verdadeiro poema de vista, dada a simplicidade ortográfica e a forma como alinha as frases, podemos dar variadíssimas interpretações.
É que a Olinda é muito sagaz na sua
expressividade, e já percebi que gosta de nos fazer pensar.
Um abraço

Alvaro Santos

Tereza Assis Macedo disse...

Boa noite amiga Olindinha

Um dos seus grandes atractivos, além da arte de bem escrever, é saber escrever com inteligência, arquitectando a poesia com entoações, sons, cores, mas principalmente com ideias e ideais.
Quando parece que está a desabafar sobre amores impossíveis, na realidade está a afirmar que todo o amor é possível, quando pensamos num destinatário, pensamos em alguém especificamente, quando como penso ser o caso está a falar de todo um povo, pois é a minha amiga além de apaixonada também é muito matreira.
Felizmente É mulher, porque um homem com estas capacidades era um perigo para a nação!!!
Obrigada por nos amar a todos e principalmente por amar um país que bem precisa do amor de todos nós.
Um grande e terno beijo.

Tereza Assis Macedo

Maria Costa disse...

Pois é quase que me apanhava desprevenida, esta poetiza é muito mas mesmo muito sibilosa. Numa primeira leitura fiquei impressionadíssima com o arrebatamento e temperamento apaixonado. Mas Lendo com maior atenção esta preciosa poetiza, descobrimos que o seu amor é mais lato e menos unilateral. Que mantém a chama acesa e apaixonada seja em que formato for, aqui é a cidadania que fala mais alto.
Parabéns, vou recomenda-la aos meus alunos, mas os srs políticos também precisam e deviam vir aqui aprender como se ama um país, talvez assim servissem melhor quem os elege.

Maria Costa

Anónimo disse...

É impressão minha ou este poema tem qualquer coisinha escondida?
Parece uma chamada de atenção há politica que se deveria fazer neste país.
Até posso estar enganada... e ser mesmo uma desdita de amor, mas parece mais um choro pelo país amado.
seja lá qual for a razão, inegável é que este poema é mesmo muito arrebatador e envolvente.

Maria

Anónimo disse...

Quem escreve assim, até pode ser gaga,
mas é muito boa a escrever.
Vamos lá que grandes mulheres temos nós com fartura, precisamos é de as amar melhor, homens enchamo-nos de brio e mostremos hás nossas damas que estamos há altura do desafio!

Anónimo Assumido

Zézinho disse...

Sra Olinda estou muito agradecido por a sra nos oferecer este bonito poema eu e a minha esposa estamos muito sensibilizados com o amor aqui mostrado.

Muito obrigado e esperamos que a sra seja amada como merece

Zézinho

Lucas Caeiro disse...

Sra dª Olinda recomendado pelo meu amigo Jorge C. Vasconcellos, seu dedicado leitor, vim aqui dar uma espreitadela, devo dizer que inicialmente pensei que tantos elogios eram apenas para espicaçar a minha curiosidade, hoje passei largas horas a ler todos os seus poemas, alguns mais que uma vez, agora tenho que dizer ao Jorge que afinal os elogios que lhe fez são muito parcos, e que a sra e a sua poesia são muito mais impressionantes que qualquer elogio, que lhe possa ser feito, por mim ultrapassa de tal maneira a grandeza, que acho-a soberanamente impossível de alcançar.

Lucas Caeiro

Sargento Ferreira disse...

Sim sra, reconheço que neste poema, até parece que a sra descobriu a pólvora e o caminho para o resto do mundo.
Esta poesia bate muito forte no meu peito porque sou um apaixonado pelo meu país.

Sargento Ferreira