Era uma vez eu…
Andava meia perdida
Andava meia encontrada
Pensava saber qualquer coisa
Pobre de mim
Não sei nada!
Era uma vez eu…
Tinha urgência em escrever
Tinha urgência em sentir
Nesta amálgama de versos
Escrevo palavras perdidas
Encontro-as
Não sinto nada!
Era uma vez eu…
Dizem que sou eu
Descrevem o meu eu
Identificam-me a mim
Mas eis que de Eu
Pouco tenho…
Ou quase nada!
2011 Olinda Ribeiro
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Eu!? Ou um eco de mim…
Etiquetas:
Olinda Ribeiro
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28 comentários:
Como é que consegue?
Diga por favor como é que consegue ir tão ao fundo da questão?
De repente fiquei com um vazio dentro de mim.
De repente é como se me olhasse a um espelho e em vez de mim visse todas estas palavras reflectidas.
Gosto muito de toda a sua poesia, este
poema não é excepção.
Só quem se conhece muito bem, e tem a noção de si própria, é que consegue escrever assim.
É preciso coragem, muita coragem.
José Carlos Vilaverde
Não acredito nem por um só instante
que a sra poetiza não saiba do seu "EU"!
Todo o poema ecoa a sua enorme sensibilidade, e a sua imensa interiorização.
***** é a 1ª vez que dou esta classificação a um poema.
Parabéns
Vasco Sotto Salgado
Olindinha,
Oh minha amiga se precisar de uma ajuda para encontrar o seu Eu, diga que tenho faro de perdigueiro.
Mas pelo que li a Olindinha sabe muito bem os caminhos que trilha.
Um beijinho cheio de eco.
Alberta Góis
Sei que a humildade é uma das suas qualidades, mas a Olinda Ribeiro pode dar-se ao luxo de estar orgulhosa, pois sabe que escreve soberbamente bem.
Este poema tem muito que se lhe diga, atinge mesmo o ponto nevrálgico que se propôs alcançar.
Maria Costa
Puxa minha sra este poema é cá uma arma de arremesso que até arrepia.
Mas que portento!
Anónimo Assumido
Sra dª Olinda este seu ultimo poema
é como uma estocada final há maratona de poesia que hoje li.
Deixou-me sem fôlego!
Só espero conseguir recuperar a tempo de me concentrar no longo dia de trabalho que amanhã tenho pela frente.
Tal como diz num poema... Amanhã ainda vem distante... por isso agora vou jantar e descansar.
Lucas Caeiro
Querida e amada esposa, sei que este é o teu espaço de eleição, por isso atrevo-me a utilizá-lo para te fazer chegar algumas mensagens.
Quando leres este poema, adequa-o há minha pessoa, e saberás como me sinto,
sem ti.
Amo-te
Victor Gonçalves
Estimada Olinda,
Como pode escrever estas palavras e dizer que não sente nada?
E quantas vezes as pessoas pensam que nos conhecem, e afinal não sabem nada sobre nós?
Este poema tem uma boa dose de malícia!
Se eu escrevesse este poema sei muito bem a quem o enviava( e a Olinda também sabe muito bem porque o escreveu!)...
Beijos
M. L. Salgueiro
Pois é minha estimada poetiza, vamos andando e aprendendo.
E neste espaço todos aprendemos muito nesta partilha entre poetas e comentaristas.
Um abraço
Alvaro Santos
Dª Olinda Ribeiro
Os Grandes poetas/poetizas
têm destas nuances, escrevem de mansinho, como se o que estão a escrever fosse uma coisa sem importância...insignificante...
Sabem perfeitamente o que escrevem, e muito melhor o que dizem!
E tem toda a razão quem pensar que sabe alguma coisa...é porque não quer aprender nada.
Leonardo Brito
Boa noite Olinda
Quando for grande quero ser como a Olinda!
Nunca me senti tão pequeno e insignificante como ao ler este poema.
Tem toda a razão vivemos e com o passar dos anos descobrimos que afinal não sabemos nada de nada... muito menos sobre nós!
J. M. Antunes
Bom dia Olindinha
Já reparei que deixou os leitores em estado de sitio, e não é para menos.
Isto de nos ajudar a perceber que todos os dias recomeçamos a aprendizagem, e que dada dia pode e deve ser utilizado com respeito por nós, vivendo sem conflitos internos, é mesmo uma psicologia muito avançada.
Eu até estou meia abananada.
Mas sigo-lhe as pegadas e aguento.
Um terno e agradecido beijinho
Alexandra Barros
Um beijinho
É lá que raio se passa por aqui!
então um homem vem aqui para descontrair ou para ser chamado de ignorante?
é por isso que gostamos de si, diz o que tem a dizer e nada de paninhos quentes.
Agora deixou-me a pensar se eu sou eu?
ou se ando a fingir que sou eu?
Isto vai ser cá uma trabalheira.
tenha lá um bom dia, e muito obrigadinha
por ser assim uma espécie de anjo da guarda, ou uma consciência ambulante
Vai uma ajudinha?
Também me sinto assim muitas vezes, portanto se quiser, dou uma mãozinha e quem sabe, até pode ser que também acabe por me encontrar a mim.
sabemos o lugar onde estamos, poucas vezes sabemos quem somos, e quando pensamos saber alguma coisa, vem uma rabanada de vento e abala tudo, e lá recomeçamos do principio.........
Paulo Sousa
Olindinha minha amiga, isto vai de vento em popa, pode custar a engolir mas desliza que é uma maravilha.
E quem não pensar seriamente neste poema... anda a enganar-se a si e aos outros. Excelente momento de auto conhecimento.
Obrigadinha pela dica.
Um beijo
Tereza Assis macedo
Estimada sra
muito obrigado por este poema.
A introspecção a que ele me obriga, ajuda-me a ser mais positivo, e a ter mais vontade de seguir em frente e aceitar que nada está perdido e que posso fazer muitas coisas.
Um grande e forte abraço
José Meneres Pimentel
Pois cá estou outra vez, só não sei se sou EU ou um reflexo de mim!
Mas os meus parabéns, da maneira como isto anda é muito bom reavaliarmos todas as situações, e mudar o que sabemos temos de mudar... a começar por o nosso Eu.
Anabela Pina
Exma Sra Dª Olinda
Muito apreendo de si neste introspectivo relato, mais aprendo sobre mim.
Bem haja
Atenciosamente
Luís Vaz
Batem forte fortemente...como quem chama por mim... são as suas palavras Olinda...gosto que me batam assim, pelo excelente poema, e por me obrigar a olhar para dentro, o meu muito sincero obrigado.
Gil Alves Macedo
Simpática poetiza, merece muito mais que 5 ***** merece todas as estrelas do universo. Merece tudo de bom, porque além de ser uma excelente poetiza, também é uma excelente psicóloga, e muito nossa amiga, pois vai-nos deliciando com a poesia e simultaneamente vai-nos fazendo repensar quem somos.É de mestra.
Bem vamos lá a relativizar as coisas,
está bem a sra até escreve muito bem e até nos ajuda a pensar na vida etc e tal....
Mas também não descobriu a pólvora nem o caminho para a Índia!
Não percebo muito bem porque é que estão tão pensativos com este poema,
sim sra gosto muito, mas não me tira o sono, nem me faz repensar a vidinha toda, como se andasse por aí perdido com um ataque de amnésia.
Ok dá que pensar!
E é muito bom apreciar a poesia desta sra, eu aprecio muito.
Sargento Ferreira
Muito simples, sem grandes floreados, mas direitinho ao Ego.
Curto e incisivo.
Assim como eu gosto.
..... e foi assim que a Olindinha me pôs a chorar........
Com o devido respeito pela opinião de cada um, e sem sofrer de amnésia ou de qualquer outra doença, acho que a Olinda Ribeiro descobriu a formula perfeita de se conhecer a ela e de nos unir a todos, o que acho um feito bem maior que descobrir a pólvora, e muito mais interessante que o caminho para a Índia, até porque com os meios de transporte tão avançados fazemos a viagem muito mais rápida e confortável.
Um beijinho Olindinha e mande mais que nós cá estamos prontinhos para ler (e comentar quem assim o desejar).
Estimados leitores fico deveras emocionada e agradecida pelas vossas palavras de apreço e incentivo.
Acreditem que nunca esperei que as minhas simples palavras vos tocassem tão profundamente.
Claro que cada um sente há sua maneira.
Eu sinto-me privilegiada por merecer o vosso apoio e carinho, espero continuar a ser merecedora da vossa dedicação.
Bem hajam
Olinda Ribeiro
Olá Olinda
Poema quente, com a vantagem de não deixar escaldões na pele como o sol
abrasador.
Quem diria que a sua poesia causaria tamanho reboliço interno.
Faz bem, deixa-nos mais arrumadinhos e menos presunçosos...
Bjs
Antónia Matos Neves
Tem muito mas mesmo muito de ti!
felizmente todo o poema te revela.
Um beijinho
continuas a escrever maravilhosamente
bem, gostei de todos.
Carlos Augusto
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