Pelas do claustro salas silenciosas
De lutulentas, úmidas arcadas,
Na vastidão silente das caladas
Abóbodas sombrias tenebrosas,
Vagueiam tristemente desfiladas
De freiras e de monjas tristurosas,
Que guardam cinzas de ilusões passadas,
Que guardam pér'las de funéreas rosas.
E à noute quando rezam na clausura,
No sigilo das rezas misteriosas,
Nem a sombra mais leve de ventura!
Sempre as arcadas ogivais, desnudas,
E as mesmas monjas sempre tristurosas,
E as mesmas portas impassíveis, mudas!
Augusto dos Anjos
sábado, 29 de janeiro de 2005
No Claustro
Etiquetas:
Augusto dos Anjos
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