O tempo vai passando….
A dor vai aumentando com a agrura dos dias….
Queria tanto sentir os teus braços rodeando o meu corpo
Sentir a ternura dos teus beijos
E a tua voz ai que saudade da tua voz!
Suspiro por ti, todos os meus pensamentos são teus…
E no meu queixume …não tem lugar o ciúme….
Só tenho espaço prá saudade e pra esta dor que a tua
ausência me pena…
Não não tenho raiva …. Não tenho ódios…. Não desejo mal ao
mundo,
Só tenho esta inclemência da saudade
E no meu dorido desnorte
Só penso que talvez a morte seja mais mansa e mais clemente
Queria-me nesse tempo em que todos os teus ais eram meus…
E em que tu estremecias só de pensar em mim! …..
Ah como eu era feliz então! Tinha descoberto o amor….
O mesmo amor que agora derrama sobre mim a inclemência da
saudade
Queria-me nesse tempo em que um beijinho e um abracinho era
o céu onde vivia!
Eu tenho esta lágrima derradeira que teimo em não derramar,
É igual à lágrima primeira…
Água límpida do meu prantear
Minha alma, meu coração a bater,
Minha adaga de sal!
E tu que tanto tardas em chegar…. E eu sem saber do teu
amar!
2013 Olinda Ribeiro