És, onda deste mar, presságio da partida
Quando que há muito foste encanto da chegada
Ao rebentar por entre as pedras da enseada
Acusa, o teu cantar, os versos duma vida
A vida que tanto buscou segura estada
Singrando o mar, fugindo ao medo, já sentida
Que o horizonte não guardava uma saída
E que todo caminho encerra rumo ao nada
A mesma areia que chamei de esperança
A mesma terra que tempos depois me lança
Neste deserto onde as águas não tem fim
Percebo a lágrima invadindo o mesmo rosto
Olho pra terra... Ela indica o lado oposto
Vem onda, vem levar o que restou de mim...
Julho 2012 Carlos Gomes
domingo, 2 de setembro de 2012
Náufrago
Etiquetas:
Carlos Gomes
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10 comentários:
Parabéns está muito bom.
B. Magalhães
Navegar por entre as palavras e acoitar-se no desvelo da poesia é o conforto dos poetas.... é este lar que partilhamos com quem nos dá o privilégio de ler o que escrevemos...A nossa Alma!
Abraço
Olinda Ribeiro
Muito bom e cheio de carisma.
Gil
Um bonito Soneto! Apreciei muito.
Tereza Assis Macedo
PS: A Olindinha até a comentar escreve poesia....
Gosto!
Muito bom!
Obrigado por partilhar a sua poesia.
Nuno Enes
Parabéns pelo soneto!
Nestas andanças do amor também muitas vezes me sinto um naufrago.
Eduardo Cunha Rêgo
Carlos Gomes a sua poesia resulta muito bem, gosto.
Cumprimentos
Fernando Portela Brito
Gosto muito.
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