sábado, 20 de agosto de 2011

Querida Avó velhinha

Como eu recordo esse lindo rosto,
Todo enrugado, como pergaminho;
Perder-te, foi para mim um desgosto,
Mas ensinaste-me na vida o caminho

Eras tão doce, tão rica no teu saber,
Analfabeta com teus riscos de carvão,
Riscados na lareira para ver…
Quem te devia, se já pagou ou não.

Pequenina, curvada, sempre a mexer,
Recordava suas ilusões e desenganos,
Amores e seus sonhos reprimidos…

Ensinava-me com amor o seu saber,
Dos seus maltratados noventa anos,
Que soam até hoje em meus ouvidos.

2011 Dora Pinto
Soneto enviado pela leitora, para publicação

5 comentários:

Olinda Ribeiro disse...

É muito bom ver este espaço partilhado, o soneto também é muito bonito, eu gosto, espero ler mais trabalhos.

Olinda Ribeiro

Acácio Almada disse...

Boa noite
este soneto é até muito simpático.
E também a felicito por homenagear a sua avó.

Acácio Almada

Zézinho disse...

boa noite acho este soneto muito bonito e devemos ter sempre muito carinho pelos avós eu ensino aos meus filhos que os avós são muito importantes na vida deles.

Zézinho

Zeferino Almeida disse...

Também recordo com saudade a minha avózinha.

Maria Luísa Salgueiro disse...

Boa tarde o soneto até está bem simpático, está sim. Eu também sou avó...

M. L. Salgueiro