As farpas crivam sentimentos imersos
Nas profundezas das minhas entranhas
Descarnadas em sal moiro e versos
Insolúveis, palavras vagas e estranhas.
Desgostos ventilados a falsas esperanças,
Essas coisas que guardamos no alvor da solidão
E os gastos físicos em prol de mudanças
Maneiradas a gosto mas sem emoção.
(Queria ter amado mais e beijado sem temores
(Sei-me imune às moralidades imorais.)
Desprendida de compromissos e rancores)
Liberta das cercanias e de lobos orvalhosos
Destituída de preconceitos triviais
Seduzida de imprevisto e mistérios gozosos!
2012 Olinda Ribeiro