Namoro as nuvens, perdido de amores,
Sorrio pateta para as ondas do mar,
O céu pinta-se de sete belas cores,
E os meus dias vão passando devagar.
Tal como a água corre por baixo da ponte,
Vagarosa, lambendo as pedras brilhantes,
O Sol a cada dia roça o horizonte,
O que vem depois segue-se ao que vem antes.
Melancólico, vou-me deixando ficar,
A paixão é água que enche o meu leito,
O Sol que a incendeia, que me convida.
Renovo forças, no brilho do teu olhar,
Com o pensamento em ti me deleito…
És sonho, garra, magia ! A minha vida !
2011 Vasco de Sousa
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Perdido de amores
Lenda do sonho doce de Natal
Era uma vez um sonho
De uma história de encantar
Que tinha um pavor medonho
De não se poder realizar
Certo dia uma criança
Olhou para ele e sorriu
O sonho cheio de esperança
Fechou os olhos e dormiu
Ficou muito agradecido
Por se ter realizado
E desde então para cá
O sonho sonha acordado
E tão feliz ficou
Com o resultado final
Que até se transformou
Num “doce” “sonho” de Natal!
2011 Olinda (Lili) (Linda)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Maldita banca francesa! (afinal… É bem portuguesa!)...
E o dia passou sempre a correr…. Aproxima-se a noite sedutora…
Entre palavras de mal-dizer…. E cicios que desmusam os actos…
A noite já me arrematou… tenho que pagar o preço!
Nem me adorno a preceito! O vício é jóia que sobeja ….
Brevíssima e lisonjeira, chegas-te a mim… maldita seja!
Já tantos te amaldiçoaram… outros tantos te amaram…
E tu continuas traiçoeira…. (Igual me vejo ao espelho) …
As cores e o brilho das luzes, já chamam por mim….
Calma estou pronta… aqui vou eu… abre os braços!
Arrebata-me predadora… devora-me até há exaustão!
Aproveita hoje, … bem sabes que não me possuirás muito tempo,
Não sou adita de ti, nem tens poder sobre a minha razão….
Mas sim, hoje serei tua! Viverei a tua ilusão! …
Olho a raiva desmedida… o preço é lucro sem fim!
Luxuoso submundo que atrai devora e arrasta…
No meio de tanto suor e palavrão, observo um rosto atento,
(O desespero é a expressão que mais contrasta).
Treme-lhe a mão … procura o golpe certeiro…
Armada em Mata Hari, espio o desenrolar do acontecimento,
Luxuoso submundo…. Atiras sem piedade … vi-o a bater no fundo.
(o juro é muito elevado… é mais caro que o dinheiro) …
Falando ao coração dos homens… a noite é tão sedutora…
Simples, sai à caça, simula fútil um gesto inútil de jogadora…
Atira com orgulho a ficha pró meio da mesa, … maldita banca francesa!
Então numa espécie de antologia, relata histórias do passado…
Perscruto os rostos da desilusão… o orgulho do campeão…
Que é gozo de pouca dura… pois a maldita não dá descanso! …
E o que levava de avanço… o então felizardo… o dobro? Perdeu!
A noite já vai avançada, a noite já está cansada, não perde uma única parada!
Soa o gongo. É o último Golpe… (já foi há muito tempo!) … o jogo, a ansiedade…
Só querem mais uma oportunidade… pra provar… que o jogo já os venceu!
(Já os tinha vencido mesmo antes de começarem!) ……….
Arrastam-se desiludidos porta fora…. Mais uma noite…
Passou vagarosamente rápida… E agora? o que vão fazer agora?
Agora, … a noite segreda-lhes … Têm uma solução!
Amanhã á mesma hora! !!!
Um bocado mais animados… Lá estarão recauchutados… (muito mais endividados!)
E a noite, qual musa sedutora, enfeita-se enganadota, sorri calculadora…
Sabe como vai acabar… sabe que sai sempre a ganhar!
Conhece os meandros da fauna… e em jeito de previsão popular…
Anuncia sorridente… vai girar… mais uma rodada … mais uma voltinha…
Aqui quem não tem cabeça Paga…! E paga com a própria Vidinha…!
2011 Olinda Ribeiro
Advertência no maço de tabaco: Fumar Mata
Advertência nos casinos: O jogo só deve ser utilizado como diversão nunca ultrapasse as suas
Capacidades
Outras advertências: Proibido vender bebidas a menores de 18 anos
Se beber não conduza
Crianças com menos de dez anos só devem utilizar elevadores quando
Acompanhadas por um adulto
* Evite situações em que a sua vida possa constituir um risco
*Adoro este humor…
A minha advertência: Viver Não É um Jogo, Cigarro, Álcool, Elevador… Não É muitas coisas!
(abusar de vez em quando, também faz parte…
não dá saúde, dá prazer, e faz crescer)
(sem “mas”… abusar do abuso é desnecessário)
*Viver É uns riscos que corremos por estarmos vivos!
domingo, 11 de dezembro de 2011
Vê-te com o meu olhar
Deixa
a tua mão
Deslizar pela minha pele
o teu beijo
Iluminar o meu rosto
o teu sorriso
Incendiar o meu peito
Deixa
que eu te veja
sem falsas modéstias
sem farsas nem logros
sem gestos convencionais
Deixa
Que eu veja o homem
E descubra que tu ÉS
Exactamente quem afirmo que És!
UM SER FANTÁSTICO, QUE ME FASCINA, ARREBATA, E ENCANTA!
2011 Lili
e não me receies… sou inofensiva!...
os truques que tenho na manga… são castelos de areia à beira de água!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Em outra vida
domingo, 4 de dezembro de 2011
Doce Mariana
Uma sementinha cresceu….
Ávida de vida, plena de alegria,
Somando ao nascer do dia,
O belo sorriso que é o teu.
Também Deus se apaixonou por ti!
E deu-te como dote a formosura,
O carinho, o amor e a ternura,
E as mais belas flores que já vi!
Tens no coração esse dom especial,
De arrebatar quem de ti se aproxima.
Pintas com Monet a rotina quotidiana…
E o som dos teus risos como um caudal,
Inebria, ilumina, quem tanto te ama e mima,
E agradece por te ter! Oh bela e doce Mariana!
2011 Olinda Ribeiro
Para a Mariana Trêpa Torres
Parabéns pelo aniversário (já são 10 anos) …
Beijos
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Quisera eu amar…
Quisera eu amar-te numa só palavra
E tudo em mim seria vida e cor
Os beijos de carmim puro amor
E os versos sementes que a terra lavra.
Ousasse eu ser mais leve que o vento
Ou a matriz nuclear do verso reticente
Seria no sujeito o predicado ausente
E nas tunas o grito expresso do lamento.
Soubesse eu comprometer o lá e o dó
Numa serenata á noite mais tormentosa.
Sintonia de mágoa ou etérea loucura
Ter-te ia dado tudo num beijo só!
E a palavra maga, solene, e milagrosa,
É o teu nome murmurado com ternura!
2011 Olinda Ribeiro
Dor cruel
A dor infame aloja-se no meu peito
deixando-me perdida na noite fria
a mágoa sela a odiosa agonia
e o calor arrefece no nosso leito.
Tu meu amor que sofres tanto,
sentes nas mãos a vida desvairada…
querendo ir em teu socorro….não faço nada,
de nada valem meus suspiros, nem meu pranto.
Então rogo pragas ao destino,
que me fez amar-te sem precisão,
e destrói no bater do coração,
o desejo do amor vespertino.
Ando assim parca, esbaforida, indolente…
esfaimada de ternura e de carinho,
lavro a saudade em pergaminho,
selado com farpas de amor ausente.
Quem foi que te levou para longe?
cruel é quem te arrancou dos braços meus.
Quem foi que me apagou dos teus céus,
e meu amor transformou em monge.
É impróprio de quem ama tanto sofrer.
De toda a dor em mim já infligida,
A tua dor é das dores a mais dorida,
Pois é essa a dor que me impede de te ter.
2011 Olinda Ribeiro