quarta-feira, 11 de maio de 2011

O cão do meu pai

O meu pai não tinha cão!
Tinha cabras!
Teve várias cabras!
Bem também teve cabrões… (No dicionário vem cabrão = bode velho)
(Os cabrões eram indispensáveis)
Para cobrirem as cabras.
Tinha coelhos, variados coelhos,
Reproduziam-se como coelhos.
Galinhas muitas galinhas!
Poucos galos.
Só não percebo o porquê das cabras?
Não me lembro de se comerem cabras lá em casa!
Pronto tinha a mania das cabras.
Pronto ainda tem a mania das cabras!
Porque ainda tem cabras,
Três cabras, mas boas cabras.
Tinha muita bicharada,
Até chegou a ter porcos!
Só não sei porque é que não tem cão?
Porque é que nunca teve cão?
E eu que gostava tanto do cão do meu pai!
Esta é uma frase que até hoje não posso dizer,
Porque o meu pai não tem nem nunca teve cão!

Bem na verdade também não tenho cão!
Mas também não tenho cabras nem outra bicharada!
Algumas pessoas por vezes confundem as espécies,
Já tenho ouvido chamar cabras às mulheres
E cabrões aos homens….
(Deve ser falta de vista!)

2011 Olinda Ribeiro

33 comentários:

Maria Luísa Salgueiro disse...

Olindinha esta não esperava, sei que a menina tem uma personalidade alegre,
mas este jeito chistoso está o máximo!

Um beijo

M. L. Salgueiro

Vasco Sotto Salgado disse...

Muito divertido, é interessante conhecer este seu lado jocoso, tem muita graciosidade. E a brincar por vezes dizemos coisas sérias, e até bem verdadeiras.

Um abraço

Tereza Assis Macedo disse...

Ai que graça que a Olinda tem!
É bom ver que sabe brincar, e até a brincar escreve bem que se farta.
Até me atrevo a mandar em tom de dichote um beijinho prás cabras, se alguém precisar também conheço um bom oftalmologista.

Tereza Assis Macedo

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

ainda bem que fiz uma pausa pró cafézinho costumeiro e vim aqui divertir-me com esta engraçada história muito giro e brincar faz bem em qualquer idade

Zézinho disse...

a sra Olinda já reparei que é uma senhora alegre e bem disposta e gosta de escrever coisas que nos fazem rir eu gosto muito deste escrito


Zézinho

José Manuel Antunes disse...

Agradam-me sobremaneira as gargalhadas que este texto me proporciona!
Está um delírio!
Só mesmo a nossa Olindinha para nos presentear com esta historieta.
Nem imagina o quanto me fez bem rir a bom rir com este texto, eu que pensava que o dia hoje era só uma valente carrada de chatices.
Muito obrigada estimada amiga.



J. M. Antunes

Maria Costa disse...

Nem me passava pela cabeça rir a bandeira despregadas com um texto tão despretensioso, verdadeiramente a Olinda é mesmo um bem adquirido, e não abdico de si, faz-me muito mais feliz e até me tira esta carga pessimista que carrego, e até desanuvia os momentos críticos pelos quais o nosso amado país está a passar.
Um grande beijo e muito obrigada pelas gargalhadas.


Maria Costa

Alberta Góis disse...

Pronto agora é que a Olindinha tem o quadro completo, cuidado que ás vezes o cão não morde mas ladra.... entretanto eu gozo o quadro e tento imaginar a nossa menina no meio de tantos animaizinhos domésticos.

Bjs e mande mais destes que a malta precisa de ser animada.


Alberta Góis

Alvaro Santos disse...

Original forma de nos dizer que não havia falta de leite de cabra lá na casa do seu pai, por acaso na casa dos meus pais houve sempre fartura de queijo de cabra, e na minha casa um bom queijinho de cabra tem sempre lugar.Agora esta do seu paizinho não ter um cão... .... compreendo perfeitamente! Eu gosto muito de animais, mas também não tenho cão!
Muito obrigada por este "exemplar" que tanto me faz rir.


Alvaro Santos

Lurdes Almeida Perestrêlo disse...

Olinda,
Compreendo muito bem que gosta de animais... mas é na casa dos outros.
Felizmente sempre fui dada a ter cães,
curiosamente nunca tive uma cadela! deve ser por essa razão que nunca me disseram: - Que cadela tão bonita!
Obrigada por me deixar a rir nestes momentos que só dão vontade de andar macambúzia.

B. Magalhães disse...

Maravilhoso! Afinal a nossa querida poetiza também é cheia de graça!

Um abraço

Leonardo Brito disse...

Tenho grande admiração por si bem o sabe, e agora fico ainda mais admirado
com este seu ar satírico que nos põe a rir. Dª Olinda a sra É uma autentica e agradável surpresa.
Mantenha sempre fidelidade ao seu saber ser, pois é essa a sua mais valia, e o que lhe granjeia a fiabilidade dos seus admiradores.

Um abraço


Leonardo Brito

Alexandra Monteiro De Barros disse...

Olá Olinda

hoje deliciei-me a ler os seus últimos trabalhos, devo dizer que passei por vários estados emotivos, todas as sensações são maravilhosas, apreciei gloriosamente este texto, de tanto me rir as lágrimas saltaram.
Um grande beijinho

Alexandra Barros

Anónimo disse...

Sra escritora esta história é hilariante uma deliciosa loucura, muito agradável mas ao mesmo tempo acutilante.

Muito bem

Joana Fernandes disse...

Está muito bem apanhado este texto,
gostei muito e diverti-me imenso.


Joana Fernandes

Dário Santareno disse...

Oh minha amiga poetiza diga ao seu paizinho que temos este gosto comum de ambos gostarmos de cabrinhas, mas é pena não ter cão, porque o cão guarda muito melhor as cabras que os cabrões.Eu tenho um bom cão, e estou muito satisfeito com ele, não tenho cabras (falta de espaço) mas gostava de ter.
Obrigada pela risada.

Dário Santareno

Flávia Solero disse...

Ôi menina, tudo legal, este poema parece uma chacra com tudo quanto é bichinho, sabe que até nem está muito
bagunçado, no meu sitio tem muito mais terere que mosquitagem, o povo por lá quando xinga até bota xifrudo em tudo quanto é homem, temos um jeito pra desembestar que até dá dó,
bomzinho mesmo até que é só cachorro.
Felizmente na minha cidade o povo até que é mais com educação, todo o paulista é mais orgulhoso e cultural.
gostei da parada.
se cuida

Flávia Solero

Eduardo Cunha Rêgo disse...

Boa tarde, está na alma deste maravilhoso povo português não desistir e ser capaz de erguer a cabeça orgulhosamente e reconstruir um país que só se desmorona porque alguns incapazes acham que o podem fazer impunemente. Muito bem o que é que isto tem que ver com este excelente texto? exactamente o facto de algumas pessoas terem os olhos avariados e confundirem as espécies ao ponto de deixarem que um lobo vestisse a pele de carneiro e fosse delapidando o nosso património. Porém esqueceu-se que temos uma alma
colectiva que tudo fará para que os lobos deixem de nos comerem como um bando de parvos que se deixam comer só porque sim. Além disso analisando minuciosamente este texto percebe-se perfeitamente a excelente incisão apelativa que a autora faz tanto da situação do país como da nossa consciência Colectiva.
Muitos parabéns minha sra por escrever tão perpiscásmente e fazendo-nos rir também nos alerta e faz pensar.

Eduardo Cunha Rêgo

Paulo Sousa disse...

Vasco de Sousa, estavam aqui comentários tão interessantes o que é que aconteceu? Desapareceram todos, passa-se alguma coisa? Este texto é muito engraçado e até dá muito que pensar além de dispor bem.

Anónimo disse...

muito giro este poema deixa todo o mundo de bem com a vida dá vontade de ri e de sambá bota musica pra quebrá
e vai que vai todo mundo se diverte


Nelisa Latoso

Maria Costa disse...

Não sei que se passa mas eu jurava que já tinha comentado este maravilhoso e divertido texto.
Se por acaso existe algum problema agradeço ao precioso autor do blogue que deixe aqui uma mensagem, pois preciso de saber se é deste programa ou do meu servidor.
até porque nem sei se os mails que enviei estão a chegar ao destino, ninguém me diz nada.

Maria Costa

Vasco de Sousa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vasco de Sousa disse...

Houve o problema no servidor do "blogger", ao qual sou completamente alheio, e pelos vistos todos os comentários deste poema foram apagados. Apenas reparei nisso agora.
Não sei se houve outras alterações. Irei verificar.

Vasco de Sousa

Alvaro Santos disse...

Pronto está tudo esclarecido, felizmente fui um dos sortudos que consegui ler tudo o que os outros leitores comentaram, e todos os comentários eram fantásticos.

Alvaro Santos

Jorge Cardoso Vasconcellos disse...

Ai este texto das cabras e da bicharada em geral, provocou comentários muito engraçados o que tornou este espaço ainda mais divertido, espero que "o cão do seu pai" consiga trazer mais momentos de puro entretenimento.

Alberta Góis disse...

Pronto cá nos encontramos de volta com a bicharada, isto estava tão giro,
é claro que já me esqueci do que escrevi anteriormente... mas mande lá cumprimentos ás 3 boas cabras do seu pai.
beijinhos


Alberta Góis

B. Magalhães disse...

Dª Olinda

Existe muito boa gente que gostaria de ser tratada como muitos cãezinhos são.
Também me divertiu muito ler este texto, parabéns pela veia humorística.


B. Magalhães

Mário Rodrigues de Sá disse...

Prefiro muito mais quando escreve coisas deste género, porque me diverte, e não me faz sentir grandes coisas, só me faz dar umas boas gargalhadas, o seu paizinho DEBE ser um HOME do Norte!

Acácio Almada disse...

Deliciosamente divertido e muito bem disposto.
Agrada-me bastante


Acácio Almada

Gil Alves Macedo disse...

Cara autora de gargalhadas, realmente,
aderimos em massa a comentar este texto, foi pena terem-se perdido os anteriores coments pois completavam na perfeição o texto e até nos rimos genuinamente uns com os outros.

Um abraço

Gil Alves Macedo

Anabela Pina disse...

Também gostei muito deste hilariante "cão do seu pai" e já agora digo que gosto de a ler em todas as vertentes.
E agradeço por me fazer rir alto e bom som.


Anabela Pina

PS: gosto de tudo o que escreveu, tenho sido muito atenta, mas não vou comentar tudo, não tenho jeito, nem paciência, mas leio muitas vezes e várias vezes desde o 1º soneto.

Anónimo disse...

hihihihi eia pá esta coisa tá memo bem divertida fique sabendo que tive que ler 3 vezes pra conseguir perceber que afinal não estava chamando cão ao seu paizinho
tá muita bem apanhado pois fique sabendo que há por ai anedotas que não tem tanta graça eu além de 2 canitos também tenho porcos e galinhitas

Luis Vaz disse...

Exma Srª Dª Olinda Ribeiro

Só uma grande sapiente para entrecalar poemas arrebatadíssimos, e
textos satíricos!
Ambos consolidam o mesmo dominador comum, Amor e Poesia na abençoada existência da Exma Srª!

Atenciosamente


Luís Vaz