sábado, 30 de abril de 2011

Serão moinhos de vento ?

Por vezes, faltam as forças para lutar
Contra os moinhos de vento, que se erguem,
Agigantam-se querendo até derrubar.
Iludido, já não compreendo o que querem.

Cansado de remar contra a maré,
Correntes que mudam ao sabor dos poderes.
Nesta turbulência, aguça-se a fé,
Na esperança de encontrar dias melhores.

Por estes dias sopram ventos sombrios,
Para bem de alguns, para mal de muitos,
Novos caminhos terão de ser esboçados.

O orgulho de comigo ser verdadeiro,
Dá-me forças para ficar assim inteiro,
Quando já me exigem esforços dobrados.

2011 Vasco de Sousa

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lá se foi a quietude…

Já se foram os frios invernos,
(E as dores também lá vão…)
Chegam os carinhos ternos
Vêm pela tua mão.

Esse teu lindo sorriso,
Ilumina a minha alma.
Muita garra nenhum siso,
Reboliças a noite calma.

Teus beijos sedosos e frescos,
Saciam saudades fulgentes,
Tropelias, rabinas, desassossegas,

Qual quadro de arabescos.
Revolves as tardes dolentes…
Eu? Estou feliz, porque chegas!

2011 Olinda Ribeiro

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Nessa árvore feita cruz,
Com espinhos coroado,
Está o bom Rei Jesus,
Por ódio crucificado.

A seus pés a Virgem Santa,
Chora lágrimas de Mãe,
Seu belo rosto suplanta,
A dor que o coração tem.

Meu querido doce Jesus,
Amparo da minha dor,
Libertas-me do meu pecado.

Por ódio pregado na cruz,
Da humanidade Salvador,
Por amor Ressuscitado!

2011 Olinda Ribeiro

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Feliz Páscoa para todos!

Senhor, …
Porque me amas?
Jesus porque me carregas ao colo?
Mãe de Deus porque intercedes por mim?

Eu sei porquê…
Porque o Amor é infinito!
Nesta Páscoa agradeço,
Por todo o Amor que me tens,
E peço que me ajudes a amar
Como TU nos Amas!
Sabes que pouco conseguirei,
E que vou desistir muitas vezes,
Mas também sei que Vais Estar
Sempre presente para me ajudar.
Obrigada por tudo e por todos.

2011 Olinda Ribeiro
Uma Santa Páscoa para todos, muito obrigada por me encorajarem, a fazer mais e melhor.

É urgente dizer o que tenho a dizer…

Um beijo é doce, ou insignificante,
Um gesto sincero, é mais importante.
E tudo se resume a reconhecer,
Que entre nascer e morrer,
Existe um aqui e um agora,
Enquanto vai a noite vem a aurora.
Aproveitemos então o acontecimento,
Façamos da vida um belo momento!

Brindo aos amigos, poetas, e cores,
Brindo a mim e aos meus amores!

2011 Olinda Ribeiro

terça-feira, 12 de abril de 2011

É um pedido de ajuda!

É um pedido de ajuda!
Estou a pedir-to a ti…
Estende-me a tua mão.
Não deixes que te iluda,
Se ainda agora sorri,
Foi para disfarçar a tensão.
Toda eu estou em discórdia,
Olha-me com ternura,
Dá-me um sorriso um abraço,
Tem por mim misericórdia,
Envolve-me na alvura,
Que alivia o cansaço.
Não te peço o que não tens,
Um pouco só do teu tempo,
Basta saber que estás aqui,
Que me ouves sem desdém,
Que respeitas o meu lamento,
E que serenamente morri…
Ajuda-me a ressuscitar,
Aperta-me contra o teu peito,
Ajuda-me a voltar há vida,
Também te podes congratular,
Mostrar que estás satisfeito,
Pela chama reacendida.
É que este pedido de ajuda…
Estou a pedir-to a ti!

2011 Olinda Ribeiro

sábado, 9 de abril de 2011

Olhos nos olhos

Onde se encontram dois olhares,
Começa um diálogo interior,
Quem sabe se falam de amor,
Ou de tristes penas e pesares.

Também eu olho para ti…
E tantas vezes não sei que dizer,
As palavras choram de me doer,
A dor espaçada da dor que te senti.

Como o meu olhar te revela,
Frases queridas doces afáveis,
Quantas vezes ao falar de amor,

Tu falas da mágoa que te debela,
Magoados olhares indecifráveis…
E eu só quero arrancar-te dessa dor.

2011 Olinda Ribeiro

quarta-feira, 6 de abril de 2011

És a luz que me ilumina o caminho

És a luz que me ilumina o caminho,
A minha vida é o brilho do teu olhar,
És a minha cúmplice, o meu carinho,
Foste a minha praia e és o meu mar.

Os teus cabelos envolvem a minha vida,
Suave, a tua pele acaricia-me a alma,
Transbordo de uma alegria desmedida,
E flutuo ao sabor da brisa calma.

Aninho-me neste compartilhar profundo,
És a água da minha única fonte.
És aquilo que sou. És a minha verdade.

Abraças-me e ofereces-me o mundo,
O meu coração dispara, expectante,
O teu beijo terno, traz a felicidade.

2011 Vasco de Sousa

Naquelas águas que serpenteiam o monte

Naquelas águas que serpenteiam o monte,
Dum riacho que corre lento, para o mar,
Caem sofridas lágrimas da minha fronte,
Pingando ritmadas, com o meu soluçar.

Já não posso esconder mais dentro de mim,
A dor que me dilacera o coração,
Já não suporto mais ter de viver assim,
Apartado em imensa escuridão.

É por ti, que já não me desejas mais,
Que estou num desassossego tão grande.
Dói-me a alma, dispara-me a pulsação,

Tão grande sofrimento, porque não me amais,
Um nó feito de tormentos, que me prende.
Só quero apenas chorar, prostrado no chão.

2011 Vasco de Sousa

Pensas que sabes quem sou

Poderás pensar que sabes quem sou,
Mas efectivamente não o podes saber,
Porque até eu, que dentro de mim estou,
Não o sei, nem nunca o poderei saber.

Surpreendo-me a cada dia que passa,
Quando interiorizo aquilo que faço,
Não porque me considero uma farsa,
Mas porque sou um ser em progresso.

Natural é esta minha constante mutação,
Que urge, ao longo de toda a minha vida,
Tornando-me assim num ser humano.

Cada dia se transforma numa nova lição,
Cada momento me desperta para a vida,
Sou então, o que dentro de mim emano.

2011 Vasco de Sousa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Não existe distancia…

Tu és o meu ser!
Nada nem ninguém nos pode separar!
Estou onde quero estar!
Vou onde quero ir!
Não interessa se o meu corpo físico,
Está limitado a um espaço…
Não sou prisioneira…
Deus dotou-me com capacidades
Para ultrapassar todos os obstáculos,
Só eu me posso limitar,
Tudo está ao meu alcance,
Porque tudo existe em mim.
É por esta razão que eu sinto a tua alma,
E tua alma, eleva a minha alma,
E a minha alma fica mais pura,
E mais pungente.

7 de Novembro de 1982 Olinda Ribeiro (Lili)

sábado, 2 de abril de 2011

Homens

Homens !!! …
Homens livres de dizerem…
O que querem, amam, e sentem.
Árvores de ramagem extensa,
Sombras protectoras abrangentes,
Que me encantam e perturbam.
Correm como nascentes…
E seguem o tracejado do vento.
Delicados e tortuosos,
Loucos devaneios e suaves desvelos,
Tão irritantes mas tão preciosos!
Um sorriso basta para lhes
Elevar o altar do Ego.

Homens !!! ...
Quanto melhor os conheço,
Mais me aproximo de mim,
Sem mim não fazem sentido,
Porque todos os homens
Me têm na sua vida.
Espantados porquê?
Eu sou todas as mulheres,
Todas as mulheres são
O limiar de todos os homens,
Todos nos temos de alguma forma.

2011 Olinda Ribeiro