domingo, 13 de novembro de 2011

És livre de ser livre


Ao recusar o impressionismo caótico
Cruzo-me pelas vias subversivas da loucura
Pelas mesmas vias sublimo gestos de ternura
carinhoso olhar indelével sagaz hipnótico.

Quem não se liberta das amarras invisíveis
Não tem por direito o direito à liberdade
Não se é prisioneiro só negando a verdade
Mas negando libertar as amarras bem visíveis.

Perguntas-me então pela Liberdade
Incrédula apercebo-me da desilusão
Olhas-me com um olhar que nunca vi

Estarreço insensata pela insanidade
de não entenderes que não há prisão
e que a Liberdade está dentro de ti!

2011 Olinda Ribeiro

51 comentários:

Antónia Matos Neves disse...

Boa noite e bom temporal!!!
A Olindinha é mesmo uma caixinha de surpresas!!!
Sai de um esclarecimento para outro...
Este soneto Está poderoso!
E tem toda a razão. A Liberdade está dentro de nós.
Beijos

Antónia Matos Neves

Maria disse...

Prezada Poetiza este soneto é claramente uma demonstração de que ser livre é um modo de estar na vida.
Só respeitando a nossa liberdade podemos compreender a liberdade do próximo.
Muito bom.
Beijos

Maria

Leonor Rêgo disse...

Exactamente por esta razão é que a acho fascinante! Temos que ter consciência da nossa liberdade e saber ser livres conscientemente.
Fantástico este soneto!

Leonor Rêgo

A. A. disse...

Olinda, por onde é que andava no 25 de Abril?
Este Soneto é o slogan mais revolucionário que já Li e Senti!
Quem tem esta noção de liberdade não precisa de revoluções para nada.
Está um colosso!
Bem haja
Abraços

A.A.

Vasco Sotto Salgado disse...

Gostei particularmente deste soneto,
tem a liberdade do pensamento livre, está incrível.
E mais uma vez a minha poetiza preferida me surpreende.

Vasco

José Manuel Antunes disse...

Boa noite revolucionária Olinda, ainda não lhe conhecia esta faceta da poesia. Fiquei agradavelmente surpreendido.
o que mais terá escondido na cartola???
Um grande beijinho

J. M. Antunes

Miguel Lemos disse...

Boa noite doce e rebelde poetiza, sabe que muitas vezes é fácil esquecer que somos livres, porque nos obriga a ter comportamentos coerentes com a liberdade de ser livre.
Ter consciência que somos livres implica um elevado grau de cidadania,
implica sermos pragmáticos, implica estar constantemente atento ao respeito que damos e recebemos... como diz e muito bem ser livre é ser digno da nossa liberdade.
Excelente.
Gostei muito de sentir a sua liberdade.
Ainda que nunca tivesse pensado muito sobre o assunto a verdade é que a Olinda nos vai ajudando a pensar em assuntos que vamos guardando no fundo da gaveta.
Fraterno abraço e mais um grande beijo.

Miguel Lemos

Sargento Ferreira disse...

Mas onde é que foi parar o comentário???

Olinda apreciei muito este soneto, a liberdade é pessoal e intransmissível.
Muito revolucionária mas muito a meu Gosto!
Abraço

Sargento Ferreira

Santos Onório disse...

Muitos parabéns, aqui está um soneto cujo intercalar de sentimentos e envolvimento entre interior/exterior, revela quem sabe o valor de ser livre.
Não restam duvidas que muitas vezes somos nós os nossos próprios algozes.
Este Soneto transmite claramente que a liberdade interior é a arma mais poderosa que nós temos para nos libertarmos das correntes exteriores.
Felicito a nossa poetiza pois como sempre tem o bom senso de escrever livremente sem condicionalismos e sem receios de julgamentos.
Um grande Abraço

Santos Onório

Fernando Portela Brito disse...

Um soneto soberbo e de uma inteligência fora de série, de uma forma sensata a poetiza elucida que ser livre é uma opção individual.
Impossível ignorar a poesia delicada sensitiva e arrojada da excelente poetiza Olinda Ribeiro.

Fernando Portela Brito

José Carlos Vilaverde disse...

Olinda,
um destes dias comentava com um amigo de curso a graciosidade e peculiaridade da sua poesia, dei comigo a indagar o meu amigo sobre o que será que a motiva e inspira? Não que ele tivesse respostas para me dar, mas foi muito bom trocar impressões com alguém que me conhece bem.
De certa forma este impressionante soneto dá a resposta. A Olinda tem como base a opção de escolher ser livre para ser livre. E esta é a verdade absoluta da qual (já percebi noutros trabalhos seus) a Olinda não abre mão.
Tem que ser muito estóica para se manter integra e não permitir que a mutilem.
Estou emocionado, e perante uma mulher de incrível coragem, sinto-me um cobardolas. Eu que tinha a veleidade de me achar um super-homem, afinal não passo de um presunçoso.
As lições aprendem-se! Oxalá eu tenha a inteligência e a humildade de aprender esta.
Se aprender esta lição, então estou no bom caminho para ser livre e sentir um Homem de verdade.

Bem haja

José Vilaverde

João disse...

Boa madrugada estimada poetiza,
este impressionante Soneto é o seu perfil. É a sua identidade.
Alegra-me saber que confirma o que eu já aqui tinha descrito num outro comentário. Tivesse eu a veleidade e até poderia dizer que este Soneto é a resposta ao meu comentário, mas sei muito bem que não é, é sim mais uma vez a Olinda a ser Olinda.
E aqui fica o meu agradecimento por partilhar comigo uma noção sobre o que é ser livre.

João

Mateus Vaz Monteiro disse...

Olinda espírito livre=a poesia livre e fascinante. Por si e consigo aprendi a apreciar a forma poética das palavras. Consigo aprendi que ser livre é dizer sim ao meu crescimento e a tudo em que acredito.
Bem haja por ser a minha mestra.

Mateus Vaz Monteiro

12º Ano

grupo Salasiano

Tereza Assis Macedo disse...

Minha Estimada amiga Olindinha, é preciso ler para Querer!

Beijinhos

Tereza Assis Macedo

Maria Luísa Salgueiro disse...

Provavelmente nunca saberei qual o gosto desta liberdade, mas tenho o gosto de a poder ler.
Um beijo cheio de admiração por uma poetiza que antes de mais é um ser humano fantástico.

M. L. Salgueiro

Zézinho disse...

Sra poetiza Olinda estou de volta já andei por aqui a encantar-me, tinha muitas saudades das poesias dos srs poetas. Este soneto está muito bonito e muito liberto, percebi tudo.
um abraço de toda a família

Zézinho

Leonardo Brito disse...

Estimada Olinda,
Este soneto é um vibrato de liberdade plena.
Tem textura perfeita e plasticidade harmoniosa!
Beijo

Leonardo Brito

Alberta Góis disse...

Olindinha, agora que li esta sinfonia, já me sinto mais livre para ir acabar as tarefas "caseiras"!
Felizmente posso sempre contar consigo para me influenciar....
Muitos beijinhos docinhos isentos de calorias... para se manter consoladinha mas elegante.

Alberta Góis

Vasco Sotto Salgado disse...

Maravilhoso soneto, tem uma liberdade muito luxuosa, muito respirar fundo e muito estar bem comigo próprio.
Parece uma onda bem enrolada.

Vicor Sotto Salgado

Hugo Santiago disse...

Minha estimada poetiza, é inegável que aprecio e admiro tudo o que escreve, mas este soneto tem um respirar diferente, tem uma leveza insustentável, e uma serenidade própria de quem trata a liberdade por tu.

Hugo Santiago

Beatriz Simões de Almeida disse...

Leve-me consigo estimada Olinda, lá por onde as amarras não escravizam vivalma!
Adorei.
Muito excepcional

Beatriz

Alvaro Santos disse...

Olindinha minha prezada poetiza, este gostinho de liberdade é como o sol de são Martinho!
um grande beijo abraçado

Alvaro Santos

Bruno Monteiro Castro disse...

Como a surpresa é uma constante o melhor mesmo é deixar a fascinação tomar conta da minha mente, e assim obtenho prazer com a máxima rentabilização.
A estimada poetiza faz a festa.... eu aproveito e festejo.
Com este soneto a festa está no auge!

dou todos os mimos que tenho, fique com todo por que são o meu presente para si.

Bruno Castro

Victor Gonçalves disse...

Boa noite,

Queria ter a coragem de viver de acordo com a liberdade deste soneto.
abraços

Victor Gonçalves

Gil Alves Macedo disse...

Magnificat!

grande e forte abraço

Gil Alves Macedo

jonny disse...

Quando o sonho de ser livre se realiza, então a liberdade de ser feliz acontece.

jonny

Carolina Melo Menezes disse...

A Olinda tem este miminho de nos escancarar as portas de par em par.
Haja Liberdade!

Beijos

Carolina Melo Menezes

Eduardo Cunha Rêgo disse...

A poetiza tem este sorriso de nos ir lembrando os direitos básicos, e também os deveres, assim nos vamos mantendo alerta.

Eduardo Cunha Rêgo

Anónimo Assumido disse...

Agora vou dormir mais tranquilo, sei que ser livre é estar bem comigo.
Sinto-me livre como um passarinho!
E muito feliz, por ler um ternurento soneto.

Gosto mesmo muito de si.

Anónimo Assumido

Júlio Bastos D´Orey disse...

Estimada poetiza Olinda Ribeiro,
agradeço tamanho conhecimento, saber ser livre para amar a vida é um grande feito.A maioria das pessoas não sabe o que isso significa, não que não queiram ser livres, simplesmente não sabem como, limitam-se a existir. A Olinda dá uma ajuda, e este soneto é uma informação preciosa.
Beijos

Júlio Bastos D´Orey

Delfina Lonte Freitas disse...

Minha estimada Olinda, continua a fascinar em pleno! Que soneto magnifico!
Bem haja

Delfina Lonte Freitas

Mariazinha disse...

Olindinha este soneto é de abrir as asas e voar alto e longe... Muito Longe!
Beijocas

Mariazinha

Maria Costa disse...

Olinda Ribeiro,
sabe que tem uma poesia fascinantemente caprichosa no sentido positivo da sensação, é estilo: "eu sou um ser livre e livre sempre serei, assim nasci e assim morrerei", é neste formato que a entendo e a valorizo, por isso se espanta quando nota que alguém escolhe ser prisioneiro.
Um grande e agradecido beijo

Maria Costa

Fernando Arantes de Carvalho disse...

muito auspicioso este lindíssimo soneto.
Beijoca

Lourenço Capucho Amorim disse...

Quantas palavras se perdem porque não são utilizadas e morrem?
A liberdade é igual. A poetiza está a manter a liberdade individual e a liberdade geral viva.
Bem Haja

Lourenço Capucho Amorim

Rosa Cruz disse...

Olá sra poetiza,
Em nome de todos os colegas quero agradecer a disponibilidade para nos ajudar a compreender a posesia, todos sem excepção ficamos muito mais esclarecidos.
Pessoalmente sempre que me é possível tenho andado a ler a sua poesia, este é o ultimo, e fiquei muito impressionada, pois afinal não somos só nós que gostamos de si, as pessoas aqui também gostam muito da sua poesia. Este soneto abriu-me os olhos e a cabeça, e até já sinto que sou capaz de fazer mais coisas sem medos.
Muito obrigada


Rosa Cruz

Marcelo Abrantes disse...

Olinda é sempre um prazer ler a sua poesia, este soneto está absolutamente perfeito!... como todos....
beijos e abraços e principalmente agradeço por saber que existe.

Marcelo Abrantes

Ana Clara Moniz disse...

O universo protege os audazes!
Olinda seja sempre assim Hiper-Audaz!
Como no filme.... Que a Força esteja sempre consigo! Bonne Chance!

Beijos livres e agraciados

Ana Clara Moniz

Helena Ribeiro Telles disse...

Boa madrugada, já que acordei... aproveito a liberdade e sacio-me com este fabuloso soneto..... aproveito e vou reler mais uns quantos...
mas este soneto tem um toque mágico!

Helena Telles

Natália Sommer disse...

Bom dia poetiza das revoluções mentais das liberdades assumidas dos sentimentos arrebatados e das sensibilidades afectivas.
Bom dia Olinda Ribeiro por me dar o que mais ninguém me dá: Evidenciar na sua poesia a opções ao nosso alcance para viver a vida e olhar para a vida como a oportunidade de sermos realidade.

Beijos

Natália Sommer

Anabela Pina disse...

Ai quem me dera ter outra vez vinte anos e sentir esta intensa liberdade!
Absolutamente soberbo!... invejo este soneto no bom sentido claro porque também quero ser livre.
Beijinhos Olindinha

Anabela Pina

Bernardo Aragão SottoMayor disse...

Boa noite,
.... até tenho muita facilidade em descrever o que sinto, mas com a Olinda nem preciso de as utilizar.

Abraços

António Lopo Serzedêlo disse...

Boa noite estimada poetiza, agrada ler um soneto onde se comunga Espiritualidade!


António Lopo Serzedêlo

B. Magalhães disse...

Olinda, a noite é boa conselheira, este soneto propicia ao pensamento livre e ao activismo interior.
Apreciei muito esta incursão pela liberdade.

abraços e beijos

B. Magalhães

António Vasco Guedes disse...

Boa noite Olinda Ribeiro

Ao escrever um soneto com esta frontalidade e digiberalidade, tem com certeza a noção do impacto estrondoso que tem em quem o lê, não está a afirmar que é livre (isso já é uma constatação de facto)está a afirmar que todos temos esta opção! E é aqui que eu me sinto encolerizado "" comigo, pois então se me sinto numa prisão e quero ser livre basta ser livre! Vou descobrir!... Porque sei bem qual a liberdade a que se refere, e É nessa liberdade que me sinto cativo.
Cada qual a seu modo sabemos porque a sua poesia mexe cá no cérebro.
Um abraço

António Guedes

Joaquim Marcelino Silva Moreira Rato disse...

Estimada poetiza Olinda Ribeiro,
por vezes dou comigo a pensar que tanto eruditismo não é de fácil absorção, constato passado algum tempo através dos comentários, que afinal todos a assimilamos muito bem, também dá para perceber que os conhecimentos dos frequentadores deste espaço é bastante alto, direi até muitíssimo elevado, pois se alguma poesia da Olinda é de fácil acesso, outra tem que temos mesmo que "estudar" para analisar com maior precisão.
Se me sinto fascinado? Sim! Até porque a simpatia e educação entre os frequentadores só nos enriquece a todos.
Parabéns por manter a casa sempre tão arejada leve e harmoniosa.
Ao administrador do blogue as minhas felicitações por manter este espaço tão bem organizado e simpático.
Abraços

Joaquim Moreira Rato

Luís Maria Trêpa Meneres disse...

Assumir esta postura comportamental é um dever, agir individualmente em prol do colectivo é assumir que fazemos parte do conjunto e que temos o direito de o proteger e de o revalidar, assim também obtemos o direito a sermos protegidos sem penalizações.
Felicito-a e vou recomendar.

Luís Meneres

Dama Misteriosa disse...

Tenho nesta mulher/poetiza o maior orgulho, seduziu-me por mérito próprio, ensinou-me que a poesia no feminino também é forte sensível combativa... e sem ser lamechas.
Reconheço que já vou lendo e descobrindo outras autoras... mas por enquanto, É na Olinda Ribeiro que me concentro pois É nela que me identifico e me encontro.
Confirmando tudo o que os leitores lhe enviam.... também lhe mando beijos abraços flores... mas principalmente a minha admiração!

Dama Misteriosa

João Moura Cancela de Abreu disse...

Absolutamente surpreso e rendido!

João Moura Cancela de Abreu

Bernardo Maria Coutinho disse...

Agradeço este lembrar-me que efectivamente sou livre de ser livre.
A Olinda Ribeiro está sempre atenta ao que é básico mas importante.
Felicito-a

Bernardo Coutinho

Natália Sommer disse...

Olinda, gosto de a ler e reler, mas este soneto prende-se a mim com uma intensidade tal, que tenho que lhe reafirmar novamente o quanto este soneto é Gigante e Admirável! Muitas vezes apetece-me comentar cada poema seu mais que uma vez, hoje não resisti!
Muitos beijinhos e bem haja por me dar esta grandeza de alma.

Natália Sommer